A Câmara de Vereadores de Alegre recuou da votação da noite da última segunda-feira (26), em que foi aprovado o reajuste de 33% do salário do prefeito, vice-prefeito, secretários e dos próprios vereadores. Revoltados, os moradores do município se organizaram pelas redes sociais para protestar pelo aumento.
Nove dos 13 vereadores votaram a favor do aumento e, com isso, o salário dos edis, passaria de R$ 4,5 mil para R$ 6 mil. Os secretários municipais receberiam o mesmo valor. Já o prefeito passaria de R$ 13 mil para R$ 15 mil. O vice receberia a metade desse valor.
O projeto seria encaminhado para sansão do prefeito nesta terça-feira (17). No entanto, após a reação dos moradores, o presidente da Câmara Alício Lucindo, por meio de nota, informa que em atendimento ao requerimento de vários vereadores, que será realizada uma Sessão Extraordinária nesta quarta-feira (28), às 18h, para apresentação da proposta de Revogação dos Projetos de Lei, que fixaram os subsídios do prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores, em face do clamor popular manifestado pessoalmente aos vereadores e nas redes sociais.
“É de indignar qualquer um perante ao momento de crise que passamos no país. Alguns vereadores justificaram que com o salário atual é quase impossível se sustentar. Sinceramente, essa justificativa não cola. Eles esquecerem da população, do bem do Alegre e das famílias que muito mal ganha 1 salário mínimo ou até menos e no maior sacrifício conseguem manter o sustento”, comentou um morador.
População promete ir às ruas
Após a divulgação da lei aprovada pelos vereadores, que prevê o aumento de 33% dos salários, os moradores começaram a ser organizar pelas redes sociais para um protesto na noite desta terça-feira (27). A manifestação está marcada para às 19h, na praça Seis de Janeiro, no centro da cidade.
“É vergonhoso ver políticos aumentando seus salários e deixarem os servidores municipais sem o mesmo tratamento. Se o município não tem receita para aumento de salário com o mesmo percentual para todos, então o mínimo que um político deveria fazer é manter o próprio salário. Esse aumento é uma afronta aos servidores e amoral”, disse um morador, que preferiu se identificar como eleitor revoltado com a classe política.