Política

Campos diz que não pretende explorar goleada na campanha

Campos diz entender que o vexame vivido pelo Brasil no Mineirão nesta terça deve ser tratado como um tabu, porque nada rende em termos de votos

Campos disse que não vai explorar goleada sofrida pelo Brasil Foto: Divulgação

Brasília – O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, deixou claro nesta quarta-feira, 9, que não pretende explorar na campanha a goleada por 7 a 1 que o Brasil sofreu para a Alemanha, na terça-feira, 8, na semifinal da Copa da Fifa 2014. “Nossa proposta foi, é e sempre será trabalhar a favor do Brasil. Queremos sempre que as coisas no Brasil deem certo. Essa tem sido nossa atitude e continuará sendo”, disse.

Campos diz entender que o vexame vivido pelo Brasil no Mineirão nesta terça deve ser tratado como um tabu, porque nada rende em termos de votos. Pelo contrário, insistir nele pode é aumentar a irritação do eleitor. Por causa da derrota sofrida pelo Brasil, o ex-governador cancelou a visita que faria a Fortaleza hoje, para dar prosseguimento à campanha. Ele avaliou que o eleitor não entenderia direito a atitude de um candidato pedindo votos no dia seguinte à comoção nacional causada pela derrota.

Antes da goleada, a campanha de Eduardo Campos já havia traçado algumas estratégias para o caso de a presidente Dilma Rousseff: tentar ganhar o eleitor com a boa receptividade do torneio pelo público, conforme apontam as pesquisas. A estratégia está mantida, mas só virá à tona se o tema Copa for colocado em pauta. Nesse sentido, a ideia é dizer que as denúncias de corrupção envolvendo a construção dos estádios não deveria ser esquecida, apesar do sucesso da Copa da Fifa. Os bilionários empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção dos estádios deverão ser lembrados na campanha, mas sempre em relação à suspeita de irregularidades e sobre os limites entre o público e privado. Nunca haverá uma condenação aos estádios, que servirão à prática do futebol nos campeonatos do País daqui para a frente.