As eleições suplementares realizadas em Ibitirama, na Região do Caparaó, neste domingo (27), terminaram com Ailton da Costa Silva (PSDB) sendo eleito como prefeito da cidade, cargo que ele já ocupa interinamente desde 2021. O tucano totalizou 3.178 votos (58,31%).
O vice de Ailton na chapa vencedora é o vereador José Rogério de Almeida (União Brasil), o Rogerão.
Na disputa pelo comando do Executivo municipal também estava o servidor público Reginaldo Simão, do PSB, partido do governador do Estado, Renato Casagrande (PSB). Derrotado no pleito, ele recebeu 2.272 votos (41,69%).
Eleitorado
Segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES) 5.665 eleitores compareceram à votação. Foram registrados 93 votos brancos (1,65%) e 122 nulos (2;15%). A abstenção no município foi de 1300 eleitores (18,66%), ainda segundo a Corte.
As eleições suplementares foram realizadas em 28 seções eleitorais, distribuídas em sete locais de votação do município de Ibitirama, com 11 urnas de contingência.
Prefeito eleito em 2020 impedido de assumir cargo
Em abril deste ano, o Colegiado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, por unanimidade, manter o indeferimento do registro de candidatura de Paulo Lemos Barbosa (PSD), eleito prefeito da cidade em 2020. Com a decisão, os votos direcionados ao político foram anulados e, consequentemente, culminando nas novas eleições.
A decisão da Corte superior confirmou, à época, o entendimento do TRE-ES, que negou o registro em razão de inelegibilidade prevista no artigo 1º, inciso I, alínea “g” da Lei da Ficha Limpa.
Prefeito eleito em 2020 teve contas rejeitadas no TCU
Barbosa teve as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em decorrência de irregularidades em convênio firmado entre a União e a prefeitura. No caso, o TCU concluiu que houve superfaturamento em licitação para aquisição de um veículo para ser transformado em unidade móvel de saúde.
Ao reconhecer a inelegibilidade por oito anos, conforme prevê a lei, o relator, ministro Mauro Campbell Marques, determinou ao TRE-ES que providencie “a imediata realização de nova eleição para chefia do Executivo do município”. Além disso, o Plenário decidiu que o presidente da Câmara de Vereadores da cidade deve assumir o cargo, em caráter provisório, até que ocorra a diplomação do novo eleito.
Dados da eleição
Contribuíram em todo o processo eleitoral mais de 155 pessoas, incluídos mesários, auxiliares de eleição, administradores de prédio, terceirizados e servidores da Zona, dos Núcleos de Apoio Técnico e de unidades do TRE-ES. Além disso, a eleição contou com o apoio das polícias Militar e Civil.