De olho no poder de mobilização das redes sociais, os candidatos do Espírito Santo e de todo o país deverão investir pesado nestes canais de comunicação para conquistar o eleitor.
Dos cinco candidatos ao Palácio Anchieta, o governador Renato Casagrande (PSB) foi quem saiu na frente no lançamento de um site específico para sua campanha. O socialista também atualiza com freqüência sua conta pessoal no Facebook, e Instagram, além de contar com páginas de apoio, criadas pela equipe de campanha.
Já a candidata pelo PSOL, Camila Valadão também criou uma Fan Page no Facebook, e possui uma Coordenação de Comunicação que estabelece os tipos de postagens, textos, horários e interações da página da candidata. Além disso, Camila posta pessoalmente em sua conta no Twitter e no Instagram. De acordo com a assessoria de imprensa, a candidat também deverá lançar um site oficial nos próximos dias.
O ex-governador e candidato Paulo Hartung (PMDB) se reuniu com sua equipe de comunicação, na última sexta-feira (18), para o alinhamento das estratégias de comunicação online. Serão trabalhadas as mídias de interação com o público, como Facebook, Twitter, além de um site e whats app. As ferramentas de interação com o público serão utilizadas para apresentação e discussão das propostas de governo, e esclarecimento de dúvidas. As ferramentas online serão lançadas nos próximos dias.
O candidato Roberto Carlos (PT) possui dois perfis pessoais no Facebook, onde posta diariamente os detalhes de sua campanha. Na semana passada, o candidato se reuniu com sua equipe para discutir o planejamento estratégico de campanha.
O candidato Mauro Ribeiro (PCB) também utiliza a rede social Fabeook, onde mantém uma Fan Page, e deverá lançar um site oficial nos próximo dias.
Eleições limpas na internet
No mês passado, a Ordem dos Advogados do Brasil lançou o Compromisso do Brasil por Eleições Limpas na Internet, com o objetivo de conscientizar a população para promoção de eleições limpas na web. A intenção é evitar mentiras que podem denegrir a imagem dos candidatos e desqualificar o debate.
A demanda judicial deve aumentar com as novas regras do Marco Civil da Internet. Agora redes sociais como o Facebook ou o Twitter precisarão de ordem judicial específica para remover conteúdos. Presente ao lançamento da campanha, o diretor de Relações Institucionais do Facebook, Bruno Magrani de Souza, disse que a empresa está preparada para atender à Justiça.
Sem ordem judicial, “o Facebook não remove nenhum conteúdo da plataforma por natureza ou viés político”, explicou o presidente do Conselho Federal da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho. “Não faremos esse tipo de análise. O Judiciário vai avaliar o que deve continuar ou não”, disse ele. Segundo Souza, denunciar este conteúdo na ferramenta oferecida pelo próprio Facebook também não adiantará. Quando não há determinação da Justiça, os conteúdos denunciados só são removidos quando vão contra as normas de uso da rede social, após análise de equipe especializada.
A OAB vai avaliar com o Facebook, o Twiiter e Google formas de atuar na rede. É possível que a ordem intervenha em casos específicos. Além disso, vai atuar junto aos partidos. “O objetivo é que possamos discutir ideias, propostas para o país, evitando que o debate político seja reduzido a ofensas pessoais”, disse Coêlho.
