Política

Capixaba projetou museu no prédio do STF, alvo de invasão e vandalismo

Inaugurado em 2021, o Museu do Supremo Tribunal Federal foi projetado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha, que também assinou o projeto do Cais das Artes

Foto: Nelson Jr./SCO/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF), sede do Poder Judiciário, foi um dos alvos do ataque de bolsonaristas inconformados com a derrota de Jair Bolsonaro nas urnas. Neste domingo (08), manifestantes invadiram as sede dos Três Poderes, em Brasília, e depredaram vidraças, móveis, obras de arte e objetos históricos.

>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe do nosso grupo de notícias no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!

O prédio invadido tem uma sala idealizada por um arquiteto do Espírito Santo. O Museu do Supremo Tribunal Federal foi inaugurado em 2021. O espaço foi projetado por Paulo Mendes da Rocha, que faleceu em maio de 2021, aos 92 anos, e inaugurado há pouco mais de um ano.

LEIA TAMBÉM: EXCLUSIVO | Ao menos cinco capixabas estariam presos em Brasília

O arquiteto capixaba também é o responsável pela obra do Cais das Artes, em Vitória, pelas reformas da Pinacoteca do Estado de São Paulo e do Centro Cultural da FIESP, dentre outras.

Reconhecido internacionalmente como um dos cinco mestres da arquitetura, Paulo recebeu, em 2006, o Prêmio Pritzker, considerado o “prêmio nobel da arquitetura”.

Foto: Divulgação

Museu do STF guarda peças que fazem parte da história do Brasil

Uma réplica do exemplar original da Constituição Federal de 1988 foi roubada do Salão Branco do Supremo pelos vândalos durante os atos desde domingo. 

O STF explicou que o exemplar original não foi levado pelos criminosos. O exemplar original, segundo a Corte, continua guardado no museu do tribunal, que não chegou a ser invadido.

O Museu do STF é destinado a preservar e a divulgar a memória institucional da Corte. Com quase mil metros quadrados, a sala fica no subsolo do edifício-sede do Supremo e não chegou a ser invadida pelos vândalos.

LEIA TAMBÉM: MP pede fim de acampamento bolsonarista na Prainha e identificação de participantes

O acervo do museu é composto de uma parte documental, com processos importantes como habeas corpus impetrados por Ruy Barbosa, a primeira Ação Direta de Inconstitucionalidade e atas históricas, como o da instalação do Supremo, em 1891.

A exposição também tem acervo fotográfico, com registros originais desde 1895, insígnias (comendas, medalhas, moedas) e objetos (utensílios pessoais dos ministros, mobiliário, presentes protocolares e obras de arte). O espaço também pode ser visitado vitualmente, por meio do site do STF.

Vândalos depredaram plenário e obras do STF

Além da réplica da Constituição, outros objetos do Supremo também foram alvos do ataque. O plenário do STF foi completamente destruído. O brasão da República e o crucifixo que ficam no local foram arrancados.

VEJA TAMBÉM: FOTOS | Veja o antes e depois das obras de arte e móveis históricos destruídos em Brasília

Em um vídeo gravado pelo repórter Alex Rodrigues, da TV Brasil, é possível ver como ficaram os espaços do STF após o ataque. Veja:

LEIA TAMBÉM:

>> Vídeo viraliza e senador eleito diz que convocação a ataques é montagem

>> ES coloca 25 policiais militares à disposição para envio ao DF

>> Moraes determina afastamento de Ibaneis Rocha, governador do DF

Foto: Thiago Soares/ Folha Vitória
Gabriel Barros Produtor web
Produtor web
Graduado em Jornalismo e mestrando em Comunicação e Territorialidades pela Ufes. Atua desde 2020 no jornal online Folha Vitória.