Política

Casagrande critica manifestações com fogos no prédio do Supremo

Governador publicou no Twitter que "ataque mostra o risco que nossa democracia está enfrentando" e que é preciso "reagir duramente"

Foto: Reprodução

As reações à manifestação de ativistas bolsonaristas que soltaram rojões e foguetes próximo ao prédio do Supremo Tribunal Federal não provocaram reações apenas em membros da Corte, que criticaram o que consideraram ataques ao ´órgão, e do Ministério Público, que pediu abertura de investigação. O governador do Estado, Renato Casagrande (PSB) criticou a ação em redes sociais.

“O ataque ao STF, com rojões e morteiros, por ativistas políticos, no último sábado, mostra o risco que nossa democracia está enfrentando. É preciso reagir duramente contra esses atos para que haja respeito às instituições. A democracia é um caminho difícil, mas é o único”, escreveu o governador no Twitter.

Casagrande aumenta o tom sobre ações provocadas por simpatizantes do governo e não deixa de lado as críticas a posturas do governo federal. No sábado, durante pronunciamento em que anunciou o número de mortes por covid-19 no Estado, ultrapassando a marca das mil vítimas, o governador criticou o que chamou de falta de comando da União ao tratar das medidas para combater o avanço da pandemia no País. 

“O momento exige decisões difíceis. Não é tomar uma decisão boa ou uma melhor, e sim uma decisão ruim e outra pior. No momento em que exige liderança, trabalho, ação e diálogo a gente vê um País que não lidera a solução para esta crise. Vemos o que está acontecendo, o governo federal que não conseguiu liderar ações, que ficaram a cargo de cada governador. Assim, aumentam as dificuldades e aumenta o trabalho”, disse Casagrande no pronunciamento de sábado.

O governador comentou ainda a carta divulgada pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com duras críticas a ações de governantes na condução das medidas de combate à pandemia. “Concordo 100% com a carta. Cada um de nós deve ter empatia e compaixão para preservar a vida. Mas, a carta foi injusta com o esforço que vem sendo feito por governadores e prefeitos. A união mostra que não tem a centralidade e há uma ausência da liderança federal. São posturas diferentes”, completou.