Candidato à reeleição, o governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), passou a divulgar suas atividades pessoais em um perfil na rede social Instagram. O socialista mantinha a conta na internet desde o mês de abril, mas somente após colocar-se oficialmente na disputa, que as postagens começaram a surgir com mais frequência.
No último dia 14, o governador falou sobre as novas postagens em seu perfil no Facebook. Porém, recebeu muitas críticas relacionadas, sobretudo, aos investimentos na área de saúde, educação e infraestrutura.
Dentre os assuntos destacados por Casagrande estão, por exemplo, paisagens de áreas por onde passa até chegar ao Palácio Anchieta, solenidades da quais está participando e, recentemente, destacou a escalação do capixaba Maxwell para a Seleção Brasileira.
A utilização de redes sociais no período eleitoral já foi abordada pelo Folha Vitória no início deste ano. A estratégia dos políticos locais também seguem a tendência dos presidenciáveis, Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB), por exemplo.
Até o final da tarde, desta segunda-feira (19), o governador havia realizado 12 postagens, e conquistado 776 seguidores.
Redes não justificam votos, diz especialista
Em um período de crescente adesão às redes sociais por parte da classe política, o professor de Ciência Política da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Francisco Albernaz, explica que as redes sociais aproximam os candidatos dos eleitores. Porém, não garante a conquista de votos.
“Sem dúvida é um mecanismo cada vez mais utilizado. As redes sociais extrapolam até mesmo as relações pessoais. Esses mecanismos tendem a confirmar tendências adquiridas a efeitos persuasivos, o que é relevante, mas isso por si só não justifica um voto, por exemplo. É possível a rede permitir uma grande mobilização em torno de nomes, o que contribui a quem já tem uma pré-disposição em favor de um político. O repertório que os políticos têm de aproximação continua valendo. As redes sociais são só uma nova tecnologia para o político se manter mais próximo dos eleitores”, destaca o professor.