O governo está aberto à negociação com policiais no Estado e acredita que a proposta de reajuste já apresentada não deve mudar muito. As informações são do governador do Estado, Renato Casagrande (PSB) em entrevista ao programa Pan News Vitória, na estreia da rádio de notícias.
“Fizemos uma boa proposta para a forças de segurança. Aumento de 40% para o soldado nesses quatro anos nossos de governo. Sabemos que o salário é um dos piores do país e a gente chegou à conclusão de que é preciso caminhar para a média nacional, para ficarmos na 16ª, 17ª posição no País”, argumentou Casagrande.
Sobre o risco de uma manifestação como a de 2017, quando mais de 220 pessoas morreram no Estado no período de greve dos policiais, que durou 22 dias, o governador garantiu que isso não acontecerá mais. “Hoje em dia aqui no Estado tem diálogo com as categorias, quem está à frente das negociações são as entidades. Tem proposta colocada na mesa, tem negociação aberta então não tem nenhuma razão para fazer qualquer tipo de manifestação”
O governador falou da anistia que concedeu aos policiais que fizeram parte do movimento. “O que fiz aqui em 2019 foi uma tentativa de curar a polícia, sarar a polícia de um processo que deixou a força doente. Quando eu assumi o governo em 2011 eu encontrei a área de segurança pública destruída. Em 2019 quando assumi o governo encontrei de novo a área de segurança destruída. As questões locais me fizeram tomar essa decisão de dar anistia a esses policiais”.
Sobre os movimentos de negociação em todo o país com tensão e risco de greve, Casagrande considera que é fruto de uma pauta política. “É um projeto nacional que hoje tem interesse em difundir esse tipo de prática. Aqui no Espírito Santo em 2017, foi uma questão local. Os policiais não tinham diálogo, não tinham colete na data certa, não tinham combustível nas viaturas. Por isso foi uma manifestação espontânea. Mas foi errado. Erraram porque policial militar não pode fazer greve. Agora a gente vê uma pauta política muito forte”.