O ex-prefeito de Colatina Sergio Meneguelli (Republicanos) tem rodado o país dando palestras sobre gestão e política, e estava em Rondônia – onde ainda está – quando a cúpula do Republicanos anunciou as pretensões para o ano que vem: ter uma candidatura ao governo com o nome do presidente da Assembleia, Erick Musso, e uma candidatura ao Senado. Para essa disputa, há dois nomes: o de Meneguelli e o do deputado federal Amaro Neto.
O ex-prefeito, porém, diz que ele é quem deve disputar. “O candidato ao Senado deve ser eu. No último almoço que eu tive com Erick Musso em Vitória, há quase um mês, foi falado comigo que eu só não seria candidato se não quisesse. O presidente do Republicanos também quer meu nome e o Amaro disse que iria disputar a reeleição. Não vejo outro nome do Republicanos ao Senado que não seja o meu”, disse Meneguelli.
Ele contou que desde que saiu do comando da prefeitura, comunicou o partido que gostaria de disputar o Senado. “Eu me manifestei e estou alimentando isso. Estou propenso a lutar até o último minuto para ser candidato”, disse Meneguelli. E ao contrário do que algumas lideranças republicanas citaram, que o ex-prefeito poderia disputar o Congresso ou a Assembleia, Meneguelli afirma que se não disputar o Senado, não disputará nada. E que pode mudar de partido.
“Meu projeto político é esse. Há 43 anos Colatina não elege um senador. Se eu for eleito, mato três coelhos com uma paulada só: ajudo meu município – que tanto amo –, ajudo o Estado e o País. Eu falei com eles (Republicanos) e pedi para me avisarem com antecedência se não for eu o candidato porque eu tenho alguns convites. A Renata Abreu, do Podemos, conversou comigo. Álvaro Dias e Sergio Moro querem que eu vá para o partido. Pros, PSC também me convidaram. Modéstia à parte há vários partidos que querem lançar minha candidatura. Mas até o momento, não há motivo para eu sair do Republicanos”, disse Meneguelli.
Questionado sobre a fama que tem de não ser muito partidário, Meneguelli disse que é defensor da candidatura avulsa e que só é filiado a um partido para cumprir a legislação. “Gostaria que os partidos cumprissem os estatutos, que fossem aquilo que apresentam. Independente da ideologia, todos agem da mesma forma, só as grandes lideranças são valorizadas. Não é que eu não sou partidário, eu não sou é extremista, não sou fanático. Política não se pode ter paixão, tem que ter razão. Não é porque eu votei em você que eu vou ser você para o resto da vida”.
Quanto a quem irá apoiar para presidente da República, Meneguelli não bate o martelo, mas dá pistas: “Eu gostaria de acabar com a polarização que está no país. Achei interessante as candidaturas de João Doria e Sergio Moro. Tenho uma simpatia por Moro, mas ainda é cedo para falar”.