Majeski diz sofrer perseguição do MP-ES e que confia no Tribunal de Justiça
Volta à pauta da sessão do Tribunal de Justiça desta quinta-feira (09) o julgamento da ação do Ministério Público do Estado contra o deputado estadual Sergio Majeski. O órgão acusa o deputado de peculato por supostamente ter usado o assessor jurídico em três ações na Justiça que seriam de interesse próprio.
Cinco desembargadores já votaram, todos favoráveis a rejeitar a denúncia, seguindo o voto do relator da ação, o desembargador Arthur Neiva. Na última quinta-feira (03), o desembargador Samuel Meira Brasil pediu vista do processo.
Majeski nega as acusações. Em sua defesa, diz que as três ações tinham relação com o mandato e que a representação é fruto de perseguição e vingança do MP-ES. “Nitidamente é uma perseguição e uma vingança às minhas críticas ao Ministério Público, tanto que na Assembleia tem 10 deputados que usaram assessores jurídicos em situações semelhantes, e alguns até para questões pessoais, e até agora não foi aberto nenhum tipo de representação”, disse o deputado.
Majeski explicou porque acredita ser alvo de “perseguição e vingança”: “Em 2019, o Ministério Público mandou para a Assembleia um projeto criando 300 cargos comissionados de livre nomeação. Eu fui contra. Esse projeto foi mandado no afogadilho, às vesperas do recesso de julho e foi votado em regime de urgência. No mesmo dia em que esse projeto foi aprovado, foi votado na Ales um projeto de resolução da Mesa Diretora que eliminava qualquer controle sobre os assessores externos dos deputados. O MP vivia na cola da Assembleia, exigindo que tivesse um controle mais efetivo porque volta e meia tinha denúncia de funcionário-fantasma. Eu votei contra os dois projetos, critiquei os dois projetos”, contou Majeski.
Ele disse que no dia seguinte deu entrevista a uma emissora de TV. “Eu disse que ficou parecendo uma troca de favores entre a Ales e o MP. Na época o procurador-geral tentou fazer representação por quebra de decoro, mas o Tribunal de Justiça devolveu, nem deu andamento. Depois, o MP-ES entrou com essa representação dizendo que eu tinha usado um assessor jurídico para causas próprias. Os processos são todos relacionados ao meu mandato. Um é para anular uma sessão da Ales em que colocaram um jabuti num projeto meu. Outro é para anular o concurso de Dts, que Paulo Hartung fez, e outro era de fake news contra o deputado Sergio Majeski.”
O deputado acredita que a denúncia será rejeitada pelo Tribunal de Justiça. “Agora o TJ está votando se aceita ou não a denúncia do Ministério Público. Eu acredito muito na justiça, acredito muito no Tribunal de Justiça. Temos desembargadores muito sérios e a votação já começou. O parecer do relator, desembargador Arthur Neiva, foi excelente, muito bem fundamentado. Semana passada também o desembargador Pedro Valls Feu Rosa leu o voto dele, muito bem fundamentado. A gente acredita que essa denúncia será rejeitada pelo Tribunal de Justiça”, disse Majeski.
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Hoje tem!
O deputado estadual Sergio Majeski (PSB) é o entrevistado de hoje do programa “De Olho no Poder com Fabi Tostes” na rádio Jovem Pan News Vitória (90.5 MHz), a partir das 16 horas. Majeski fala sobre sua trajetória na Educação, o motivo de ter entrado na política, sobre sua saída do PSB e o que deve disputar nas eleições de outubro.
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Deputado sai de votação na Ales para participar de sessão na Câmara de Vitória
A sessão da Assembleia Legislativa acontecia quando o deputado estadual Capitão Assumção chegou à Câmara de Vitória. Foi recebido com pompa por alguns vereadores e ocupou lugar na Mesa Diretora, de onde acompanhou a votação e aprovação do requerimento de urgência ao projeto que proíbe o passaporte vacinal na capital.
As sessões na Ales continuam de forma híbrida. Em dado momento, o presidente Erick Musso chamou o nome do deputado Capitão Assumção para votar num dos projetos da pauta e ele não respondeu, por estar na Câmara de Vitória.
A assessoria da Ales foi questionada se ele estava em missão oficial ou se terá o dia descontado, e a resposta foi que o deputado precisa apresentar uma justificativa para sua ausência na sessão da Assembleia, conforme o regimento.
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Pedágio vai continuar?
O deputado estadual Bruno Lamas pediu a convocação do diretor-presidente da Rodosol, Geraldo Dadalto, e da diretora-presidente da Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo (Arsp-ES), Joana Magella, à Assembleia, para que prestem esclarecimentos a respeito do pedágio da Terceira Ponte e da Rodovia do Sol.
O deputado, que defende o fim dos pedágios, também fez um requerimento de informações ao secretário de Estado de Mobilidade Urbana, Fábio Damasceno. Bruno quer saber se as tarifas vão continuar mesmo com o fim do contrato de concessão da rodovia. A convocação ainda precisa passar por votação no plenário da Casa, o que deve ocorrer na segunda-feira (14).
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Reunião com empresários
Na visita que fará ao Estado neste final de semana (amanhã e sábado), o ex-ministro Sergio Moro tem marcada uma reunião com empresários da Serra. O encontro acontece às 11h de sexta-feira (11), no salão de eventos do Hotel Serra Grande. Moro participa do 7º Encontro Folha Business – evento promovido pela Rede Vitória em parceria com a Apex Partners.
Moro também terá encontro com militantes, participa de um evento de filiação do Podemos e tem uma agenda com o governador Renato Casagrande.
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Sob nova direção
O ex-vereador de Guarapari Marcos Grijó assumiu a presidência do PDT do município no lugar de Toninho Stein, que passou a ser vice-presidente.
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Pode isso?
Já é possível ver veículos pelas ruas do Estado com adesivos de “Fulano governador”.