Em entrevista ao programa “De Olho no Poder com Fabi Tostes”, na rádio Jovem Pan News Vitória (90.5 MHz), na tarde desta quinta-feira (31), a senadora Rose de Freitas (MDB) fez um apelo no ar ao governador Renato Casagrande (PSB) para que ele a ajude a montar as chapas do MDB para a disputa de outubro. Rose preside a legenda no Estado.
Ao ser questionada se Casagrande tem lhe ajudado na montagem das chapas, uma vez que outros partidos estão contando com auxílio do governo, Rose respondeu: “Eu não cheguei nessa parte tão diretamente. Mas, já que estou falando na rádio, governador, se tiver ouvindo, nos ajude também”.
Como muitos dirigentes partidários, Rose tem encontrado dificuldades para montar uma chapa competitiva, tanto para a disputa federal quanto para a estadual. Chegou a dizer que se pudesse voltar atrás, não teria assumido o partido. Soma-se a isso a perda de deputados e de figuras tradicionais, como a ex-deputada Luzia Toledo e o deputado José Esmeraldo, e os que estão na iminência de deixar o partido: o deputado Hércules Silveira, o ex-deputado Lelo Coimbra e o prefeito de Linhares, Guerino Zanon.
Rose tem tentado fortalecer a legenda e disse que não quer que o prefeito saia. “Eu disse que iria me atirar na frente do carro dele para ele não sair (do partido). Mas ele quer a mesma coisa que outras pessoas querem. Quer o mesmo que Rigoni, o mesmo que Contarato, o mesmo que Audifax”, disse.
Apoio a Casagrande
Rose de Freitas contou que vai levar para o MDB a proposta de apoiar a reeleição do governador Casagrande. “Vou propor ao MDB que a gente avalie o nome de Casagrande como governador novamente. Dentro de tudo que está colocado, acredito que ele possa administrar mais uma vez e eu vou propor isso ao MDB”.
Desde que assumiu o comando do partido, a senadora tem aproximado a legenda do Palácio Anchieta, mas disse que o apoio ou não à reeleição de Casagrande vai passar pelo crivo do partido.
Ela descartou a possibilidade de disputar outros cargos. Disse que sua pré-candidatura à reeleição é definitiva e que atende ao apelo de prefeitos. “Eu recebi a manifestação de 69 prefeitos e eles me disseram que gostariam de contar comigo no Senado. Quando a população diz que não gostaria de ter outra alternativa, eu não posso simplesmente falar ‘não’. Pedi para pensar, pensei. Vi se na minha vida cabia novamente um mandato de senadora e meu coração não me deixou responder não. Eu aceitei e essa é uma decisão definitiva, eu não posso nem falar o contrário”.
Ela também espera receber o apoio de Casagrande. “Temos sido companheiros de uma longa caminhada, eu gostaria de ser a candidata do coração dele”, disse Rose. A senadora falou também sobre outros temas, como sua carreira política, sua posição com relação ao orçamento secreto, sua relação com o governo federal e suas bandeiras de conquistas na pauta feminina.