Após passar por muita confusão no PTB, ser destituído da presidência, ser nomeado, destituído de novo e alvo de processo interno, o deputado estadual Adilson Espíndula deixou a legenda e se filiou, na noite desse sábado (02), ao PDT. Ele será candidato à reeleição.
Adilson era presidente estadual do PTB quando foi destituído logo após as eleições de 2020. Com Roberto Jefferson à frente da legenda, o partido deu uma guinada à extrema-direita e destituiu diretórios com presidentes coligados a partidos de esquerda, como no caso do Espírito Santo, em que Adilson faz parte da base aliada do governador Renato Casagrande (PSB).
Porém, a confusão tomou conta do partido nacionalmente. Jefferson foi preso, a aliada Graciela Nienov assumiu, depois os dois brigaram, teve eleição, uma terceira pessoa assumiu o partido (Marcus Neskau), Graciela de posse das senhas trocou diversos diretórios e o PTB caiu no colo de Adilson Espíndula de novo, que comandou por uma semana. Depois, o partido voltou para as mãos de Bruno Lourenço.
Adilson foi denunciado à Comissão de Ética do partido, acusado de ser conivente e “se juntar ao bando de traidores”, segundo a defesa do partido. Adilson aproveitou o último dia da janela para mudar de abrigo.
Goggi também saiu
Quem também deixou o PTB foi o vereador de Vitória Anderson Goggi. Após conseguir uma carta de anuência do partido e ter decisão favorável da Justiça para poder deixar a legenda por justa causa (sem perder o mandato), ele se filiou ao PP e vai disputar uma vaga de deputado estadual.
Goggi também esteve envolvido nas confusões do partido em que estava filiado desde os seus 16 anos – hoje ele tem 40. Ele foi destituído da presidência do PTB de Vitória e, quando Adilson Espíndula foi nomeado para comandar o partido (durante uma semana), Goggi foi designado para ser secretário-geral.