GIRO POLÍTICO: União é a noiva, Léo de Castro cotado para suplência de Rose e Novo no jogo

Com recuo de Rigoni, União Brasil volta a ser a noiva da eleição

Com o recuo do deputado Felipe Rigoni de disputar o governo do Estado, o União Brasil volta a ser a sigla mais cobiçada da eleição pelos pré-candidatos ao governo. Não à toa. A fusão entre o DEM e o PSL fez com que o União se tornasse o maior recebedor de recursos do Fundo Eleitoral de R$ 4,9 bilhões, a ser dividido entre os partidos. Desse bolo, a fatia do União é de R$ 776,5 milhões. Isso sem contar o tempo de TV na campanha que a sigla terá direito.

No final da tarde de ontem (26), Rigoni divulgou um comunicado, por meio de sua assessoria de imprensa, com sua desistência de disputar o governo. “O momento atual é de amadurecimento do projeto. Um novo ciclo político depende de dois elementos: novas lideranças e um novo projeto de desenvolvimento. E hoje, o ciclo de renovação do Espírito Santo precisa mais de mim no Congresso Nacional”, disse Rigoni, no comunicado.

Em outro trecho do documento, ele diz: “Ninguém consegue governar o Estado ou o país sem uma construção coletiva”, reafirmando aquilo que já era falado no mercado político: que o União não conseguiu mais partidos para uma coligação e nem Rigoni conseguiu deslanchar nas pesquisas de intenção de votos. A dois meses da eleição, o baixo desempenho para uma candidatura majoritária pesou.

Agora, sem candidato ao governo, a relação com outras legendas será diferente. O União tem peso para, querendo, negociar fazer parte de uma chapa majoritária, indicando nome ao Senado e a vice. Rigoni estava muito próximo do presidente da Assembleia, Erick Musso, que também é pré-candidato ao governo. O mercado político, porém, dá conta de que Erick também deve recuar da candidatura majoritária. Sobre isso, o Republicanos e Erick estão em silêncio. Hoje, Rigoni deve conceder uma coletiva de imprensa para falar sobre os rumos do partido.

“Estou liberado para decidir a quem apoiar”

O médico Gustavo Peixoto, pré-candidato a deputado federal pelo União Brasil, não foi pego de surpresa com a retirada da pré-candidatura ao governo por parte de Rigoni. Ele e o deputado conversaram há uma semana e alinharam a decisão de Rigoni “descer” para a disputa à Câmara Federal. Pelos cálculos dele, a chegada de Rigoni não atrapalha a chapa federal.

“Pelos movimentos que ele fez no Estado, muitas parcerias, acredito que deve trazer uns 120 mil votos. Já tínhamos calculado de conquistar 180 mil votos e uma cadeira. Então, com a soma, dá 300 mil, acho que conseguimos conquistar duas cadeiras na Câmara. Não mudou nada em termos de chances. Pra mim, a vinda dele não atrapalha em nada”, disse Peixoto.

Ele contou ainda que Rigoni não teve a opção de disputar o Senado por conta da idade – ele tem 31 anos e para disputar o Senado precisaria ter no mínimo 35 anos – e que, agora que o partido não tem candidato ao governo, ele vai decidir a quem irá apoiar.

“Rigoni ainda não falou sobre apoios, mas com a saída dele, eu me sinto liberado para ver com meu grupo a quem iremos apoiar. Está totalmente aberto”. Peixoto disse que ainda não se decidiu sobre o nome ao Palácio Anchieta, mas que tem admiração por Aridelmo Teixeira, que foi confirmado ontem como pré-candidato ao governo pelo partido Novo.

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Novo vai de chapa puro-sangue com Aridelmo

Patrícia, Aridelmo e Camila

O partido Novo fez ontem (26) sua convenção partidária e confirmou que vai de chapa puro-sangue para as eleições de outubro, ou seja, não vai fazer coligação com outros partidos. A chapa ficou com o empresário Aridelmo Teixeira, na disputa a governador, tendo a jornalista Camila Domingues como sua vice.

A convenção também aprovou a professora universitária Patrícia Bortolon para disputar uma vaga à Câmara Federal. O partido não lançou candidatos para a disputa à Assembleia e nem para o Senado. E nem vai apoiar nomes de outros partidos para essas vagas, liberando seus filiados para escolherem candidatos de outras siglas, segundo o presidente estadual do Novo, Iuri Aguiar.

“O projeto do pré-candidato ao governo do Estado Aridelmo Teixeira propõe uma revolução social, por entender que o Espírito Santo está sofrendo uma grave crise social, com o agravante do aumento da pobreza e da fome, principalmente entre a primeira infância”, diz nota do partido.

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Léo de Castro cotado para ser 1º suplente de Rose

Léo de Castro / crédito: Findes

É grande a disputa pela vaga de primeira suplência da senadora Rose de Freitas, que vai concorrer à reeleição e deve ser confirmada na chapa do governo. Nos bastidores, o empresário e ex-presidente da Findes Léo de Castro (PSDB) seria o mais cotado para ocupar a primeira suplência. Há quem diga que ele já teria até sido convidado pela senadora e aceitado, o que não foi confirmado pelo MDB.

Correndo por fora, porém, seria grande a movimentação do PT para tentar ocupar a mesma vaga. Correntes internas do partido já teriam alçado o nome da professora Célia Tavares, que disputou a Prefeitura de Cariacica em 2020 e colocou o nome à disposição para disputar o Senado pelo PT. Como tem perdido força a possibilidade dos petistas lançarem candidato avulso ao Senado, a energia estaria sendo canalizada para conseguir a vaga de suplente.

Outro que tem tentado se viabilizar para a suplência é o ex-prefeito de Cariacica Juninho (Cidadania). Durante visita da presidenciável Simone Tebet (MDB) ao Estado, ele falou da possibilidade, mas Rose, quando questionada, desconversou.

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Federação PSDB-Cidadania faz convenção hoje

O PSDB e o Cidadania fazem hoje (28) a convenção partidária da federação, às 19h, no Centro de Convenções de Vitória. O partido vai apresentar seus pré-candidatos, entre eles o ex-senador Ricardo Ferraço, que já foi anunciado como vice na chapa à reeleição do governador Renato Casagrande (PSB).

O partido vem também com chapas robustas, tanto para a Câmara Federal quanto para a Assembleia. A meta é eleger quatro estaduais e chegar e dois federais. Embora esteja na chapa do governador, a federação não vai caminhar com Casagrande no apoio presidencial. O socialista vai apoiar Lula, enquanto a federação fechou apoio a Simone Tebet, que foi confirmada ontem como presidenciável do MDB durante convenção do partido.

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Hoje tem!

O programa “De Olho no Poder com Fabi Tostes” desta quinta-feira (28) entrevista o advogado eleitoral Marcelo Nunes que vai fazer um “tira-dúvidas” sobre o que pode e o que não pode, para pré-candidatos e eleitores, durante o período eleitoral.

Segundo ele, há infrações cometidas que podem gerar multas para o eleitor de até R$ 53 mil, como por exemplo, compartilhar pesquisas eleitorais fraudulentas. Marcelo vai responder a mais de 30 perguntas sobre o tema. O programa vai ao ar às 16 horas na rádio Jovem Pan News Vitória (90.5 MHz) e pode ser acompanhado por aqui.