O prefeito de Ibatiba, Luciano Pingo (Pros), participou nesta sexta-feira (09) de uma carreata ao lado do presidente da Assembleia e candidato ao Senado, Erick Musso (Republicanos). Ele subiu no trio, discursou e levantou o braço de Erick durante o ato político pelas ruas do município do Caparaó, que realiza nessa semana a Festa do Tropeiro. Pingo apoia Erick ao Senado.
Pingo está como presidente do Pros capixaba e é o vice-presidente da Associação dos Municípios (Amunes) – a coluna enfatiza que ele “está” como presidente porque o Pros vive um período de instabilidade política e jurídica, com decisões quase que semanais mudando a direção do partido.
Nas fotos do evento, postadas nas redes sociais de Erick, o prefeito está entre o candidato e Lorenzo Pazolini (Republicanos), prefeito de Vitória que entrou de cabeça na campanha de Erick. “Hoje a carreata foi em Ibatiba, ao lado dos meus amigos Luciano Pingo e Lorenzo Pazolini. Que honra poder caminhar entre vocês e sentir todo esse afeto, meu povo. Juntos lutaremos por um Espírito Santo melhor, chegou a hora do povo no Senado!”, escreveu Erick.
Mas o que chama a atenção é que a legenda está na coligação do governador Renato Casagrande (PSB), que tem uma candidata oficial ao Senado: a senadora Rose de Freitas (MDB). Pingo não aparece no panfleto distribuído pela senadora no dia do anúncio de suas suplentes. Rose, que é candidata à reeleição, preparou um material com fotos e falas de 64 prefeitos que a apoiam no Estado. Pingo não era um deles.
Mas, ao que tudo indica, Pingo continua no apoio ao governador. Num vídeo postado há seis dias em suas redes sociais, Pingo aparece ao lado do deputado federal Da Vitória (PP) e de Pazolini, pedindo votos para o progressista, para Erick e para o governador – ao citar Casagrande, o vídeo mostra que ele foi aplaudido por quem estava próximo – menos pelo prefeito Pazolini. Da Vitória também apoia Erick, embora o PP também faça parte da coligação de Casagrande.
A coluna procurou Pingo, a assessoria da senadora Rose e o presidente do PSB, Alberto Gavini, mas eles ainda não retornaram aos contatos da coluna.
Turbulências
Desde a pré-campanha, o Pros tem enfrentado crises e conflitos internos. Decisões judiciais diversas mudaram o comando nacional do partido e, como consequência, alguns diretórios regionais, como o do Espírito Santo.
No Estado, o partido ficou entre fechar com Casagrande e com o também candidato ao governo Audifax Barcelos (Rede), que chegou a tentar uma costura nacional para ter o partido em sua aliança. Mas, prevaleceram as decisões jurídicas, conforme já mostrou a coluna. Por fim, o Pros permaneceu na coligação do governador.