O ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos anunciou que vai deixar seu partido, a Rede Sustentabilidade, e declarou apoio a Carlos Manato (PL) na tarde desta quinta-feira (06). Audifax disputou o governo do Estado e, na votação do último domingo (02), terminou a disputa em 4º lugar, obtendo 135.512 votos (6,51% dos votos válidos).
Audifax deixa o partido após 7 anos e alegou que o motivo foi a Rede ter apoiado a reeleição do governador Renato Casagrande (PSB).
“Diante da decisão nacional do partido de apoio à reeleição de Casagrande, a quem tenho várias críticas, não vejo outra saída a não ser me retirar do partido”, alegou. Ele disse que o apoio a Casagrande vai contra tudo que pregou na campanha.
Com relação ao apoio a Manato, disse que o candidato adotou alguns pontos de seu programa de governo e que defende a renovação.
Ao defender Manato, disse que não acredita em retrocesso e nem em volta do crime organizado com Manato, como o deputado federal Felipe Rigoni afirmou ao apoiar Casagrande.
Audifax também fez uma análise sobre sua campanha e disse que errou ao não ter se posicionado nacionalmente, porém, questionado quem apoiaria, não revelou. Disse também que não vai declarar apoio a nenhum presidenciável no segundo turno.
Ida para a Câmara reavaliada
Na tarde de ontem, o futuro presidente da Câmara de Vitória, Armandinho Fontoura, disse que o ex-prefeito, que é servidor efetivo da Prefeitura de Vitória, vai assumir um departamento da Câmara, a partir do ano que vem. Nesse ano ele fará parte da equipe de transição da presidência do Legislativo.
“Convidei Audifax para comandar um novo departamento da Câmara, que se chamará Observatório da Cidade. Será um centro de formulação de políticas públicas, a partir de indicadores socioeconômicos. Esse observatório nos ajudará nas tarefas de legislação e fiscalização. Ninguém melhor do que um ex-prefeito premiado e reconhecido por sua técnica para fortalecer esse trabalho”, explicou Armandinho.
Audifax porém está reavaliando se vai assumir o cargo, devido ao desgaste político que ele disse ter sofrido.
Ele explicou que é servidor efetivo da PMV e foi cedido para a Câmara, que não “ganhou cargo” e que vai verificar se já tem tempo de férias e tempo para se aposentar antes de assinar o convênio.