O governador Renato Casagrande (PSB) viajou na noite deste domingo (11) a Brasília para acompanhar a cerimônia de diplomação do presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do vice, Geraldo Alckmin (PSB), que ocorre às 14h de hoje (12), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Casagrande será um dos cerca de mil convidados para a solenidade. Eles ocuparão o plenário da Corte (onde ocorre o ato solene), os auditórios e o salão nobre, que terão telão para transmitir ao vivo a cerimônia, segundo o TSE.
Outros governadores, ex-presidentes e autoridades dos Três Poderes também confirmaram presença na diplomação que é, sobretudo, uma oportunidade de aproximação e de pacificação na relação entre os poderes e os entes federativos, uma vez que os últimos quatro anos foram marcados por tensões, brigas e muitos desgastes entre o Palácio do Planalto e o STF, entre Bolsonaro e os governadores.
Na última quinta-feira (08), durante o 10º Folha Business, o vice-governador eleito Ricardo Ferraço (PSDB) disse que os governadores estão otimistas com relação ao presidente eleito. “Os governadores estão muito otimistas, penso eu, com uma perspectiva de uma relação federativa mais equilibrada, de compartilhamento de desafios em relação a uma série de questões”, avaliou.
O fato de Casagrande ser secretário-geral do PSB – partido do vice-presidente eleito, Alckmin – é também um ponto a mais para esse otimismo, pelo menos para o Espírito Santo. O Estado espera que essa proximidade partidária e ideológica possa ser contada a favor na resolução de demandas e necessidades históricas dos capixabas, como por exemplo, as grandes obras de infraestrutura que dependem de investimentos federais.
Logo depois da eleição, Casagrande se encontrou com Alckmin, para tratar de que forma o PSB participaria do processo de transição e disse, ao programa De Olho no Poder, que o Estado teria espaço de diálogo com o governo federal.
“O presidente Lula disse que chamará os governadores e os prefeitos. Ter um canal direto com o Presidente da República é muito importante. Isso poderá dar ao Espírito Santo uma condição de discutir temas pendentes de solução, investimentos em infraestrutura, em habitação popular, em educação. Para nós é muito importante manter esse canal de comunicação”, disse ao programa à época.
Segurança reforçada
A diplomação terá a segurança reforçada. Nos bastidores, o esquema de segurança será maior do que o da posse do ministro Alexandre de Moraes na presidência do TSE, em agosto.
Do lado de fora da Corte o policiamento será intensificado pela PM e o grupo antibombas da Polícia Federal fará uma varredura, dentro e nos arredores do TSE. As ruas de acesso à Corte serão interditadas, com passagem liberada apenas para servidores que trabalharão na solenidade e para os convidados previamente credenciados. Todo o perímetro da Corte será monitorado pela PF, além das áreas internas do Tribunal.
A cerimônia deve ser curta. Segundo o Tribunal, o ato começa com a execução do Hino Nacional pelos Dragões da Independência e após terá a entrega dos diplomas a Lula e Alckmin, por parte do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes.
A diplomação é a formalização, por parte da Justiça Eleitoral, da escolha da pessoa eleita pela maioria da população nas urnas e significa que o eleito cumpriu todas as exigências previstas na legislação eleitoral e está apto para exercer o mandato.
Após a entrega do diploma, Lula vai fazer o seu discurso e, antes de encerrar a cerimônia, o presidente do TSE também fala. Além de Casagrande, o senador Fabiano Contarato (PT) também vai participar e transmitir o evento por meio de suas redes sociais. O canal do TSE no Youtube e a TV Justiça também vão transmitir a diplomação.
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