O governo do Estado definiu que vai apoiar o deputado estadual Marcelo Santos (Podemos) para a eleição da presidência da Assembleia. Marcelo concorre contra o deputado Vandinho Leite (PSDB) e, depois do aval do Palácio Anchieta ao seu nome, já estaria passando a lista de apoio aos eleitos para a chapa encabeçada com o seu nome.
O apoio foi definido no final de semana e os deputados começaram a receber na manhã desta segunda-feira (23) telefonemas de interlocutores do governo falando sobre a decisão. A informação foi confirmada pela coluna De Olho no Poder com diversos deputados que já teriam sido informados do posicionamento do Palácio Anchieta.
Segundo bastidores, teriam pesado na definição do governo, o tempo de mandato que Marcelo Santos tem na Assembleia – ele está no sexto mandato de deputado estadual – e a garantia, dada ao governo por Marcelo, de que não irá disputar a Prefeitura de Cariacica no ano que vem.
Cariacica é comandada pelo prefeito Euclério Sampaio (União), que é um dos principais aliados do governo na Grande Vitória. E embora Marcelo tenha apoiado Euclério na eleição de 2020, é de conhecimento do mercado político que o sonho de Marcelo sempre foi ser prefeito do município.
Um terceiro ponto que teria ajudado na construção do nome de Marcelo seria o fato dele também ter garantido que este será seu último mandato como deputado estadual. Ou seja, em 2026 ele não deve ser candidato à reeleição.
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Apoios
A lista de apoio à chapa, agora encabeçada por Marcelo, já teria 18 nomes dos 30 eleitos, segundo deputados ouvidos pela coluna. Ele precisa de 16, maioria simples, para conseguir eleger a chapa, mas o governo estaria trabalhando para que se construa uma chapa de consenso e Vandinho também possa compor a Mesa Diretora.
Vandinho foi quem liderou a coleta de assinaturas para o primeiro blocão de deputados que iria definir quem seria o candidato à presidência da Assembleia, aos principais cargos da Mesa Diretora e também a composição das comissões temáticas – principalmente as mais importantes, como Justiça e Finanças.
Ele chegou a ter 24 deputados em sua lista, que continha os principais cotados para a presidência – cinco nomes eram cotados: Vandinho, Marcelo, Tyago Hoffmann (PSB), Dary Pagung (PSB) e João Coser (PT). Com exceção de Marcelo, todos os outros estavam no bloco.
Porém, na semana passada, Marcelo, que até então tinha o apoio de apenas quatro deputados, começou a reagir. Seu grupo começou a levantar suspeitas se os aliados do governo teriam espaço na chapa a ser montada por Vandinho, uma vez que toda a oposição o apoiava, e alguns eleitos da base aliada do governador, que a princípio tinham declarado apoio ao tucano, retiraram o apoio.
Vandinho dobrou a aposta, conquistando apoio de deputados do partido de Marcelo. Mas teve de abrir mão da coordenação do blocão, que passou para o líder do governo na Ales, Dary Pagung. Dary e Tyago retiraram o nome da disputa e teriam, no final de semana, sinalizado apoio a Marcelo. Coser, não conseguindo se viabilizar, por conta dos deputados de direita que não votariam no PT, estaria com Vandinho.
Porém, após a definição do governo, a tendência da base aliada seria de fechar com Marcelo. Até porque os deputados estavam à espera de uma sinalização do governo para bater o martelo. Os nomes a compor toda a chapa de Marcelo ainda estão sendo definidos.
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