A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa elegeu o comando do colegiado na tarde desta terça-feira (28). Por três votos contra dois, a deputada estadual Camila Valadão (Psol) foi eleita presidente, tendo a deputada Iriny Lopes (PT) como vice.
A eleição não foi em chapa única. Teve disputa. O deputado Capitão Assumção (PL) também registrou uma chapa tendo seu correligionário Lucas Polese (PL) como vice. Na hora da votação, Assumção até chegou a pedir voto para o deputado João Coser (PT), gerando um momento de descontração durante a sessão. Mas, Coser votou em Camila.
A sessão começou às 14h e foi presidida pela deputada Iriny, por ser a mais velha titular da comissão. Assumção registrou sua chapa e Camila também.
Durante o discurso de Camila, ao lembrar que a sala da comissão tinha o nome de uma mulher, a primeira deputada estadual do Espírito Santo, foi interrompida por Assumção, gerando o primeiro embate no colegiado.
“Quero saudar essa eleição feita nesse auditório que tem nome de mulher, a primeira deputada estadual eleita do Espírito Santo…”. “Que é minha prima, Judith Leão Castelo”, interrompeu Assumção.
E Camila continuou: “Essa é a tristeza da trajetória de Judith, o grau de parentesco, mas quero parabenizar a importância dessa eleição num auditório simbólico”. Iriny, que ficou entre os dois grupos, fazia o meio de campo para os ânimos não se exaltarem.
Todos os cinco deputados discursaram, como justificativa de voto, e Camila, já como presidente, falou sobre a necessidade de ampliar as políticas públicas para todos e que não tem medo da divergência política. “Fiz pós-graduação em divergência política na Câmara de Vitória”, disse Camila. A deputada esteve presente nos principais embates com o então vereador Gilvan da Federal (PL) no Legislativo municipal.
Camila reclamou dos ataques que recebeu durante a campanha e Assumção também. Ele disse que foi usado contra ele o argumento de que não poderia pleitear a presidência da Comissão de Direitos Humanos por estar usando tornozeleira eletrônica, por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes. A reunião da comissão ocorrerá a cada 15 dias, sempre às terças, às 11 horas.