O ex-deputado Sergio Majeski (PSDB) está de volta à Assembleia. Não como deputado estadual, mas como coordenador da Escola do Legislativo da Ales. A nomeação de Majeski à frente do posto foi publicada nesta quarta-feira (01) no Diário do Legislativo.
Majeski estava há um mês no Instituto Jones dos Santos Neves, na Diretoria de Estudos e Pesquisas. Chegou a participar do Planejamento Estratégico 2023-2026, apresentado ontem pelo governador Renato Casagrande (PSB), mas resolveu aceitar o convite do presidente da Ales, Marcelo Santos (Podemos), que tinha sido feito antes mesmo de Marcelo ser eleito presidente.
“Antes mesmo da eleição da Mesa Diretora da Ales, ainda no ano passado, Marcelo falou comigo que iria pleitear a presidência e que me convidaria para coordenar a Escola do Legislativo. Agora ele refez o convite e eu aceitei”, disse Majeski.
Questionado sobre o motivo de ter trocado o governo pela Assembleia, Majeski disse que se sente mais à vontade no Legislativo. “Posso dizer que em termos de qualificação, o instituto foi o melhor lugar que eu já trabalhei. Impressionante o quanto as pessoas se dedicam ao trabalho, são pessoas muito competentes porque o volume de trabalho é muito grande. Estava gostando muito, fui muito bem recebido. Mas o Marcelo me convidou para a Ales, que é um lugar que eu já conheço e a Escola do Legislativo tem mais a ver com minha trajetória de vida, porque eu sempre fui professor”, explicou.
Majeski disse que vai atuar com a qualificação dos profissionais da Assembleia e também fazer uma ponte com escolas e universidades. “Marcelo está com umas ideias novas de cursos e de aproximação com escolas e universidades, além de ter a Ales aberta aos cidadãos, para torná-la mais conhecida e acessível. Aí eu resolvi aceitar”, afirmou.
Segundo Majeski, Marcelo teria alinhado com o governador o convite. O ex-deputado deve comparecer hoje à Assembleia para acertar os detalhes com o presidente e o início do trabalho. Majeski também será exonerado do IJSN.
Um mês no governo
Mesmo ocupando um posto técnico, o mercado político viu com incredulidade a nomeação de Majeski num cargo de confiança do governador. Ainda que estivesse filiado ao PSDB, partido do vice-governador e da base do governo, Majeski sempre teve uma postura independente e, por muitas vezes, crítica ao Palácio Anchieta – desde seu primeiro mandato. Por conta do seu perfil, muitos apostaram que ele não ficaria muito tempo no instituto.
Embora não confirme que a real motivação de sair do governo tenha sido essa, é fato que Majeski se sente muito mais à vontade na Assembleia, onde passou os últimos oito anos e onde também ficará mais próximo de retomar das articulações políticas.
Majeski não conseguiu ser eleito deputado federal no ano passado, mesmo obtendo 40.124 votos, mas é cotado como um possível candidato à Prefeitura de Vitória no ano que vem.