Vandinho finalmente emplaca CPI, nova diretoria na Amunes e nomeação sem posse

Tenente Assis / crédito: arquivo pessoal

Assis é nomeado na PMV, mas não toma posse

Ex-candidato a deputado federal no ano passado e representante da direita bolsonarista no Estado, Tenente Assis foi nomeado para atuar na Prefeitura de Vitória, conforme publicação no Diário Oficial do Município no último dia 28. Segundo Assis, ele irá coordenar a Defesa Civil da capital.

Mas o tenente – que é militar da ativa lotado no Corpo de Bombeiros e atualmente chefia a regional da Defesa Civil de Marechal Floriano – não sabe quando vai assumir o novo posto. Isso porque ele necessita de uma liberação do governo do Estado para deixar o cargo em Marechal e assumir a coordenação em Vitória. O que ainda não saiu.

Segundo Assis, a liberação não vai gerar ônus ao Estado e a costura para ele assumir o cargo em Vitória teria passado pelo prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (União) que, ultimamente, tem sido visto com muita frequência próximo ao prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos). Euclério é aliado de primeira hora do governador Renato Casagrande (PSB).

“Não vejo motivos para o governo negar. O prefeito tem tido um bom diálogo com o governo do Estado e o cargo é técnico, é na minha área”, disse Assis.

Nomeação no Diário Oficial

No diário, a nomeação é para “exercer o cargo comissionado de Assessor Adjunto da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil, PC-E, na Secretaria de Obras, na forma do Art. 11, inciso III, da Lei nº 2.994/82”. Mas, segundo Assis, o cargo é para coordenar a Defesa Civil municipal.

foi pedido?

A coluna questionou a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), que responde pelo Corpo de Bombeiros, sobre a cessão do tenente à Prefeitura de Vitória. A Sesp respondeu, por meio de nota, que “até o momento, o Corpo de Bombeiros não recebeu qualquer solicitação” a respeito. A resposta foi encaminhada para a coluna no último sábado (1º).

A coluna procurou a assessoria da Prefeitura e o secretário municipal de Governo, Aridelmo Teixeira – que seria, segundo Assis, quem está à frente do caso. Para a assessoria, a coluna perguntou, na sexta-feira passada (31), detalhes do cargo e do pedido de liberação, mas, até o fechamento desta edição, não recebeu retorno.

Já Aridelmo conversou com a coluna no sábado (1º) e disse ter feito o pedido, por ofício, ao governo para a cessão do Tenente Assis. Ele ficou de enviar o ofício à coluna ontem (03), mas o documento não chegou. Pelo menos até a noite de ontem, Assis ainda não tinha sido comunicado se vai poder tomar posse ou não no novo cargo.

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Vandinho finalmente consegue criar sua CPI

Vandinho / crédito: Ales

Na sessão desta segunda-feira (03), foi composta a CPI do deputado estadual Vandinho Leite (PSDB), finalmente.

Após tentar protocolar duas vezes, encrencar com o correligionário Mazinho dos Anjos, levantar suspeitas sobre o sistema de protocolo da Ales e contar com uma “mãozinha” da base aliada, Vandinho vai conseguir investigar supostas irregularidades em processos de regularização fundiária, desocupação de imóveis, financiamentos imobiliários, entre outros.

Ontem, foram definidos os membros titulares da CPI: Vandinho – que deve ser eleito presidente –, Bruno Rezende (União) e Danilo Bahiense (PL). Os suplentes também foram definidos: Camila Valadão (Psol), Zé Preto (PL) e Capitão Assumção (PL).

A instalação da CPI de Vandinho só foi possível após um “jeitinho” da base aliada. Como o regimento interno autoriza o funcionamento, ao mesmo tempo, de apenas cinco CPIs, a de Vandinho não entrou, num primeiro momento.

Isso porque o critério usado para admitir as comissões foi o de ordem de protocolo e a CPI de Vandinho foi a sexta protocolada – nos dois momentos separados pela Casa para o protocolo das comissões temporárias.

Para agradar o aliado, que ameaçava ir para a oposição depois de ter sido preterido na disputa pela presidência da Assembleia, a base aliada e o governo decidiram abrir espaço para que Vandinho pudesse protocolar sua CPI, conforme a coluna já tinha noticiado.

A solução foi tirar uma das cinco comissões – todas protocoladas por aliados do governo – para a fila andar e dar espaço para Vandinho emplacar a sua.

No último dia 21, foi lido na sessão o ofício do deputado Tyago Hoffmann (PSB) informando que “em reunião realizada no dia 14 de março do corrente ano, no plenário Dirceu Cardoso, dessa Casa de Leis, foi deliberado o encerramento dos trabalhos, bem como, o arquivamento da referida Comissão Parlamentar de Inquérito, criada pela Resolução n.º 8.616/2023, para apurar, investigar e fiscalizar o cumprimento dos contratos de concessão de rodovias no estado do Espírito Santo”.

Tyago é vice-líder do governo e estava empenhado em alinhar a relação com Vandinho, que é o presidente estadual do PSDB, partido do vice-governador, Ricardo Ferraço. Parece que, agora, conseguiram apaziguar a ira do tucano.

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Posse da nova diretoria da Amunes

Gedson, Pingo, Sidiclei e Astori: Amunes sob nova direção

Tomou posse ontem (03) a nova diretoria da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), tendo o prefeito de Ibatiba, Luciano Pingo (sem partido), como presidente. Ele foi eleito na última sexta-feira (31), em chapa única, para o comando da associação no biênio 2023-2025.

A diretoria ainda é composta pelo prefeito de Pancas, Dr. Sidiclei (PDT), como vice-presidente; o prefeito de Iconha, Gedson Paulino (Republicanos), como tesoureiro, e o prefeito de Marilândia, Gutim Astori (PSB), será o secretário.

Pingo já era o vice-presidente da Amunes e recebeu o apoio do agora ex-presidente, Victor Coelho (PSB, prefeito de Cachoeiro), e do governo.

“O governo do Estado é municipalista e tem olhado com atenção e respeito para todos os municípios capixabas e isso é muito importante. É no município que as coisas acontecem é só quem é gestor sabe das dificuldades e compromissos que temos que honrar. Por isso, vamos seguir em diálogo com nossos parlamentares e alinhados com as pautas da Confederação Nacional dos Municípios”, disse Pingo, ao ser eleito.

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PV capixaba emplaca filiado na Secretaria Nacional da Juventude

Lucas Pretti / crédito: arquivo pessoal

O secretário da Juventude do PV-ES, Lucas Pretti, foi nomeado para integrar a Secretaria Nacional da Juventude do governo federal. Ele vai atuar como coordenador de projeto na Coordenação-Geral de Relações Federativas.

Da Serra, Lucas tem 25 anos, já atuou em conselhos de juventude e na construção de políticas públicas para esse público, mas nunca foi candidato. Nas redes sociais, o PV comemorou a nomeação: “É uma grande conquista para nós que acreditamos no poder transformador da juventude”.

No final de semana, o PV fez sua convenção estadual e decidiu manter o comando estadual com a presidência de Fabrício Machado, que foi reeleito. Machado, que era secretário de Meio Ambiente do Estado até o ano passado, agora é secretário executivo do Consórcio Brasil Verde, que é presidido pelo governador Renato Casagrande (PSB).