Numa reunião nesta terça-feira (03), entre a Secretaria Estadual de Gestão e Recursos Humanos do (Seger) e as entidades de classe que representam as forças policiais, o governo apresentou uma proposta de reajuste de 4% para a categoria.
Segundo a proposta, seria um reajuste de 4% a cada ano, até 2026, a começar em dezembro deste ano. Os próximos reajustes ficariam sempre para o mês de dezembro – 4% em dezembro/2024, 4% em dezembro/2025, 4% em dezembro de 2026. A proposta diz ainda que se o governo der reajuste linear para todos os servidores, os policiais também irão receber.
O reajuste de 4% seria igual para todas as forças de segurança, sem diferenciação, por exemplo, entre a Polícia Militar e a Polícia Civil e também sem diferenciação entre delegados e investigadores. O impacto financeiro previsto, ao final dos 4 anos, é de R$ 670 milhões.
Veja a nota na íntegra da Seger sobre a proposta:
“A Secretaria de Gestão e Recursos Humanos (Seger) informa que reuniu com entidades de classe, nesta terça-feira (03), para oficializar uma proposta de reajuste salarial aos servidores da área da Segurança Pública (Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Agentes Socioeducativos e Inspetores Penitenciários).
A proposta consiste na concessão de reajuste de 4% em dezembro de 2023, 2024, 2025 e 2026. Além disso, caso haja receita disponível, será concedido reajuste linear nesses mesmos anos, para todos os servidores do Executivo Estadual.
O impacto financeiro previsto, ao final dos quatro anos de implementação dos reajustes específicos para a Segurança, é de R$ 670 milhões.”
A Seger fez reuniões separadas para apresentar a proposta às categorias. A primeira reunião ocorreu com as associações da PM e dos Bombeiros e contou com representantes da Associação de Cabos e Soldados (ACS); Associação dos Bombeiros Militares (ABMES); Clube dos Oficiais (Assomes); Associação dos Militares da Reserva, Reformados e da Ativa (Aspomires) e a Associação dos Subtenentes e Sargentos (Asses), segundo a secretaria.
Já a segunda reunião foi com os representantes dos delegados da Polícia Civil, o Sindepes. A terceira com o Sindicato dos Policiais Civis (Sindipol) e a última com o Sindiperitos, representando os peritos da Polícia Científica.
Embora os agentes socioeducativos e os inspetores penitenciários não tenham participado da reunião hoje, o reajuste também os alcançará. “Hoje não teve conversa com a categoria, mas os diálogos com os agentes penitenciários estão acontecendo há um tempo”, disse a assessoria da Seger.
A apresentação da proposta é o primeiro passo no cumprimento de uma promessa de campanha do governador de valorização das forças de segurança nesse mandato.
Já há alguns anos que as polícias reclamam de terem um dos piores salários do País e pedem um reajuste salarial que os equiparem à média nacional – foi essa insatisfação com a remuneração que deu início à greve da PM, em 2017.
O diálogo ficou aberto e os representantes ficaram de apresentar a proposta às categorias. Nos bastidores, porém, o governo teria deixado claro que não haveria espaço, no momento, para um reajuste superior a 4%.