Sindipúblicos pede saída de secretário de Recursos Humanos
O Sindipúblicos – sindicato que representa os servidores públicos estaduais – fez uma manifestação no último dia 20, na porta da Secretaria de Gestão e Recursos Humanos (Seger), pedindo a saída do titular da pasta, o secretário Marcelo Calmon.
O motivo seria a falta de prosseguimento, por parte do secretário, de algo que já teria sido acordado com o governador Renato Casagrande (PSB) no ano passado: a reestruturação de carreiras extintas e em vacância do funcionalismo público.
Além disso, o sindicato também acusa o secretário de não respeitar a Lei de Cotas em concursos públicos, de não apresentar as minutas de projetos de lei do “carreirão”, que seria a reestruturação das carreiras de forma geral; teria também proposto o fim do 13º auxílio-alimentação; redução do valor da meia diária para menos da metade; exclusão de agentes de suporte educacional do reajuste da educação e a terceirização de mais de mil servidores do Estado.
A coluna entrou em contato com a Seger para ouvir a versão do secretário, mas a resposta foi de que a pasta não iria se posicionar.
“Apenas mil reais”
O Sindipúblicos também reclamou do valor do abono de Natal anunciado pelo governador para os servidores públicos. O abono será de R$ 1.500 para os professores e R$ 1.000 para os demais servidores.
“Mais uma vez, o Sindipúblicos foi surpreendido pelo anúncio do abono natalino sem nenhum diálogo da Seger, de Marcelo Calmon, com os servidores. O valor anunciado, de apenas 1 mil reais, vai contra o cenário econômico capixaba, que fruto direto da atuação dos servidores, encontra-se com nota A, com superávit e aumento de arrecadação. No entanto, o que os servidores recebem como recompensa é um abono menor do que o de 2022, que foi de 1,5 mil reais. A economia melhora e o abono piora?”, questionou nota do sindicato.
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Vereador da Serra ameaçado de expulsão
O vereador da Serra Adriano Galinhão (PSB) é alvo de processo disciplinar dentro do partido. Filiados do PSB no município pedem a expulsão do vereador, alegando que ele não contribui financeiramente com a legenda, não participa das reuniões partidárias, se reúne com políticos que fazem críticas ao PSB e teria, no ano passado, apoiado candidatos de outras legendas nas eleições.
A representação disciplinar, que foi assinada por 12 filiados do partido, foi endereçada à presidente da legenda na Serra, Márcia Lamas. De acordo com o presidente da Juventude do PSB, Jilberlandio Miranda, Galinhão deve ser expulso do partido.
“Há muito tempo, o representado vem adotando uma postura contrária ao programa, diretrizes e orientações do PSB, se distanciando dos interesses do partido”, diz trecho do documento, que cita como exemplo:
- 1.: Apoiou de forma muito ostensiva, nas eleições de 2022, candidatos estranhos aos quadros do PSB, no caso, o candidato Xambinho (para deputado estadual, ele é do Podemos) e Sueli Vidigal (para deputada federal, ela é do PDT), participando de eventos públicos (comícios, carreatas, caminhadas, reuniões, etc) e divulgando esse apoio em suas mídias sociais;
- 2.: Vem fazendo reuniões oficiais com mandatários notoriamente contrários e críticos ao PSB, como o senador Magno Malta (PL);
- 3.: O representado foi eleito como filiado do Partido Socialista Brasileiro, o que o obriga a realizar a contribuição partidária, prevista em vários dispositivos do nosso estatuto. O representado, todavia, desde sua posse até a presente data, não realizou qualquer pagamento referente à referida contribuição, o que prejudica muito a organização financeira do partido e o custeio de suas atividades;
- 4.: O representado também não participa de nenhum – absolutamente nenhum – evento do PSB, como reuniões, congressos, encontros, mobilização de militância, etc. Com manifesto desinteresse e ausência de engajamento. Tal conduta, por si só, configura infração disciplinar passível de reprimenda.
Procurada, a presidente do PSB na Serra, Márcia Lamas, disse que ainda não foi notificada oficialmente da representação.
“Não me vejo longe do PSB”
O vereador Galinhão disse que não foi informado oficialmente sobre o processo disciplinar e que vai conversar com as lideranças do partido. Ele disse também que não se vê longe do PSB.
“Estou tranquilo porque tenho contribuído, apoiando o governador Casagrande. Tenho muito trabalho apresentado. O PSB é parceiro de Vidigal, é um partido forte, tem uma militância muito boa, mas tem algumas pessoas que tentam fazer uma política diferente. Não me vejo longe do PSB, preciso conversar com o governador, com o prefeito, com as lideranças do partido, saber qual a intenção de me expulsar, se isso será bom para o partido. Sou ficha-limpa, mas entrego nas mãos de Deus”, disse o vereador.
Sobre ter apoiado candidatos de outros partidos, Galinhão contestou: “Fala-se isso, mas eu apoiei Renato Casagrande também. Eu apoiei Sueli Vidigal e Xambinho que são da base aliada do PSB e do governador”.
Nos bastidores, a coluna apurou que a presença de Galinhão no PSB afugenta outros possíveis candidatos para formar a chapa da sigla no ano que vem para a disputa municipal. Nas eleições de 2020, Galinhão teve 3.307 votos, sendo o segundo mais votado.
Pré-candidatos sem mandato reclamam que ter alguém na chapa com esse potencial de votos torna a disputa desigual. Por isso, acabam desistindo ou mudando de partido, o que inviabiliza a montagem da chapa da sigla, que precisa ter um número determinado de candidatos e de votos suficientes para conquistar uma cadeira na Câmara de Vereadores.
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Soraya Manato fora do PTB
Quem também está de malas prontas para deixar o partido é a ex-deputada federal Soraya Manato. Ela pediu a desfiliação do PTB, partido em que se filiou no ano passado para concorrer à reeleição, porém, sem sucesso.
Na carta em que comunicou sua decisão, Soraya disse que a desfiliação vem em virtude da fusão do partido com o Patriota. De acordo com Carlos Manato, marido de Soraya, por enquanto ela vai ficar sem partido e, até o momento, não pretende disputar nada no ano que vem e nem em 2026.
“Se depender dela, ela não quer. Vamos aguardar. Por enquanto ela está focada na medicina e no neto”, disse Manato. Soraya também é médica ginecologista.
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Rigoni, de fato, na presidência do União Brasil
Após travar uma disputa jurídica com Amarildo Lovato pelo comando do União Brasil no Estado, o secretário estadual de Meio Ambiente, Felipe Rigoni, é, de fato, o presidente estadual da legenda. O nome dele como dirigente da sigla já consta no Sistema de Gerenciamento de Informações Partidárias do TSE.
A confusão começou quando Rigoni fez, em abril, uma convenção e foi reeleito para o comando da sigla. Lovato, que já foi presidente do PSL – sigla que se fundiu com o DEM, formando o União Brasil – entrou com uma ação na Justiça para anular a convenção, alegando que o diretório foi eleito de maneira irregular, sem o quórum mínimo de 3/5 dos convencionais (membros com poder de voto).
Em 26 de maio, Lovato conseguiu uma liminar, na 3ª Vara Cível, anulando a convenção. O partido ficou sem presidente. Rigoni entrou com recurso no Tribunal de Justiça e conseguiu que a liminar fosse suspensa, no início de junho. Rigoni, então, voltou ao comando do partido.
Porém, o relator do caso, após analisar documentos que teriam sido anexados por Lovato, recuou da própria decisão liminar e suspendeu a convenção, deixando o União Brasil, mais uma vez, sem dirigente, conforme noticiou a coluna.
Só em outubro, com a decisão colegiada do Tribunal de Justiça, que Rigoni conseguiu reverter a decisão. Até então, o TSE não trazia o registro oficial, o que mudou agora.
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Despedida com homenagem
O juiz eleitoral Lauro Coimbra se despediu do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES), onde atuava como juiz titular, pela classe dos juristas, numa sessão que contou com homenagens.
Ele recebeu a Comenda do Mérito Eleitoral, do TRE, por “relevantes serviços prestados à Justiça Eleitoral”. Foram dois anos como substituto e outros dois como titulares.
O juiz também recebeu um diploma, da OAB-ES, por “serviços prestados para advocacia enquanto juiz eleitoral”. “Já tinha ficado dois anos como substituto e mais dois como titular. Poderia ser reconduzido por mais dois anos, mas entendo que já cumpri minha missão. Agora volto para a advocacia”, disse Lauro Coimbra.
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