Sefaz pede afastamento de servidor investigado por corrupção
A Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) informou, por meio de uma nota publicada em sua página na internet na tarde de quarta-feira (29), que pediu o afastamento do cargo de um dos três servidores suspeitos de um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Os três foram alvos da Operação “Chess e Eagle”, deflagrada pelo Ministério Público Estadual, na última terça-feira (28). Um deles – um auditor fiscal – foi alvo de um mandado de busca e apreensão e foi afastado do cargo por decisão judicial. Em seu gabinete de trabalho, foram apreendidos R$ 60 mil em espécie.
“No âmbito administrativo, as providências cabíveis junto à Corregedoria-Geral do Estado estão sendo tomadas pela Sefaz. Observado o devido processo legal e a ampla defesa, em caso de comprovação dos fatos, os infratores serão punidos com o rigor da lei”, informou a Sefaz, que acrescentou:
“Destaca-se que um dos investigados já está afastado de suas atividades, por ordem judicial. Outro é servidor aposentado, e o terceiro envolvido teve o pedido de afastamento negado pela Justiça. Entretanto, a Sefaz já solicitou ao órgão competente o afastamento preventivo de suas funções e a instauração de investigação preliminar para apuração”, afirmou a Secretaria, frisando que apoiou a operação, contribuindo com as investigações.
De acordo com o Ministério Público, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu cinco mandados de busca e apreensão, nas residências e dependências de órgãos públicos, em Vitória, Vila Velha e Colatina. Além do dinheiro, foram apreendidos celulares, computadores e três armas de fogo.
“A investigação identificou contexto de corrupção com recebimento de propina por agentes públicos em procedimentos de fiscalização tributária, deixando de lançar ou cobrando indevidamente tributo de empresas, em potencial prejuízo do erário estadual”, informou o Ministério Público, por meio de nota.
***
Muribeca contrata advogados
O deputado estadual Pablo Muribeca (Republicanos) contratou os advogados Flavio Cheim e Ludgero Liberato para atuarem em sua defesa no caso da ação do Sine – ou como foi batizado pelo deputado: “Operação Peixada”.
No último dia 17, Muribeca e os vereadores da Serra Anderson Muniz (Podemos), Darcy Junior (Patriota), e Professor Arthur (SDD) estiveram no Sine e fizeram acusações de que o subsecretário de Trabalho e Renda do município, Renato Ribeiro, estaria favorecendo amigos e cabos eleitorais na indicação das melhores vagas de emprego do Sine.
Eles chegaram a chamar a PM e dar voz de prisão ao subsecretário, que foi encaminhado à delegacia e prestou depoimento, junto com outras testemunhas. Depois, ele foi liberado.
A Prefeitura da Serra não deixou barato e logo em seguida registrou denúncia de abuso de poder e perturbação do espaço público na polícia e no Ministério Público. Também denunciou os quatro por quebra de decoro na Câmara da Serra e na Ales. O subsecretário, que tem como advogado Homero Mafra, também fez as denúncias nos parlamentos.
A defesa de Muribeca disse, por meio de nota, que a atuação do deputado foi inerente ao seu mandato parlamentar.
“Todas as ações realizadas pelo parlamentar estão dentro dos limites legais e éticos de suas responsabilidades e atribuições e que, em nenhum momento, houve qualquer extrapolação ou abuso nas atividades desenvolvidas pelo deputado”, diz a nota.
***
Suplente de Magno Malta na disputa pela Prefeitura da Serra?
As convenções partidárias são só no ano que vem, mas nos bastidores, os nomes daqueles que irão disputar as urnas, já estão na boca do povo, fazendo articulações no mercado político.
O PL já definiu que vai ter candidatos a prefeito ou a vice na maior parte dos municípios capixabas. E em alguns, há mais de um nome na disputa.
É o caso da Serra, em que o vereador Igor Elson (PL), que preside o partido no município, já tinha colocado o nome pra jogo. Mas, nos últimos dias, também surgiu o nome da professora Marcinha Macedo (PL), 1ª suplente do senador Magno Malta (PL), para entrar no jogo.
Segundo o vereador, os dois nomes estão à disposição do partido e a definição não sairá por agora. “Ainda não tem nada definido”, disse Igor Elson.
Questionada pela coluna, a assessoria do partido também desconversou, informando que ainda não bateu o martelo sobre a disputa na Serra. “O PL-ES ainda não decidiu sobre uma pré-candidatura para a Prefeitura da Serra”.
Um dos fatores que deve pesar na decisão do PL é a candidatura do deputado Pablo Muribeca (Republicanos) a prefeito. Ele já tem se movimentado como pré-candidato e a leitura do mercado político é que ele deve atrair o eleitorado da extrema-direita.
A avaliação do PL deve levar em conta se vale a pena lançar outra candidatura no mesmo polo, o que dividiria os votos e beneficiaria candidatos de centro e de esquerda, incluindo o atual prefeito Sergio Vidigal (PDT), ou se busca por uma aliança, somando esforços para ir ao segundo turno.
>> Quer receber nossas notícias de política 100% gratuitas? Participe da nossa comunidade no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!
LEIA TAMBÉM:
Câmara da Serra vai investigar vereadores no episódio do Sine
Já começou a campanha? Disputa na Serra ferve e antecipa debate eleitoral
Um ano depois, Fazenda volta a ficar na mira do Ministério Público