O presidente da Assembleia, Marcelo Santos (Podemos), não irá concorrer à vaga aberta de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. O deputado, que teve o nome cotado nos últimos dias, principalmente pelos deputados, disse que nunca fez qualquer movimento para virar conselheiro e que vai se manter à frente do comando da Ales.
“Nunca coloquei meu nome. O que teve foi um movimento interno da Casa de que, com a vacância do cargo do conselheiro Sérgio Borges, deveria ser um deputado a ocupar a vaga. Isso ganhou corpo e eu fui procurado por alguns parlamentares que disseram que poderia ser meu nome. Mas, o que eu preciso dizer é que estou focado na presidência da Ales”, disse Marcelo, em entrevista à coluna De Olho no Poder, na noite de ontem (20).
Cabe ao presidente abrir o processo para que os possíveis candidatos à vaga se apresentem. Como a vaga pertence à Assembleia, só são admitidas candidaturas de deputados ou candidaturas indicadas por deputados. Marcelo não cravou quando irá abrir o processo.
“Minha ideia era finalizar até fevereiro, mas aí você tem esse monte de feriado, essa coisa toda… Estou conversando com os colegas deputados. Pode ser que aconteça em fevereiro, mas não tem uma definição ainda”, afirmou.
Marcelo vai conversar com os deputados e mais uma vez com o governador Renato Casagrande (PSB) sobre o assunto. Após o Carnaval, ele teve um encontro com o governador, mas disse ter falado rapidamente sobre o assunto.
Ele contou que o governador não falou sobre quem apoiaria para ocupar a vaga de conselheiro, mas que agora irá trabalhar para que haja um consenso na Casa. Uma tarefa que parecia mais possível quando Marcelo era cotado para ser o candidato.
O presidente chegou a citar o nome do chefe da Casa Civil, Davi Diniz, como um possível candidato à vaga de conselheiro: “O nome do Davi Diniz gravita na Casa e no Governo. O governador não falou sobre a candidatura dele, vamos conversar de novo pra ver se vai ser o Davi ou outro nome. Eu, particularmente, acredito que seja o Davi”.
Questionado se o nome do chefe da Casa Civil encontraria resistência na Casa, principalmente por parte da oposição, Marcelo disse que irá trabalhar para que haja um consenso no nome a ser escolhido.
“Se tiver alguma resistência, acho que é mínima. A vaga é da Ales. Qualquer parlamentar está apto para disputar. Vou respeitar a decisão de qualquer um dos parlamentares. Se tivermos disputa, no máximo teremos duas candidaturas e se um parlamentar entender que deva disputar não serei barreira, mas vou trabalhar para que tenhamos um nome de consenso”.
Acordo
O presidente relembrou ainda sobre as negociações, em janeiro do ano passado, para que se tornasse presidente da Assembleia. Ele disse que ao apresentar o nome ao governador, não foi uma condicionante ficar de fora do processo no Tribunal de Contas.
“Eu que disse para ele que com a minha ida para a presidência eu não disputaria a próxima vaga de conselheiro que seria aberta com a aposentadoria de Sérgio Borges. A fala foi minha”, explicou.
A coluna então quis saber se Marcelo pretende, então, disputar vagas futuras de conselheiro. “Não está nos meus planos”, foi o que o presidente respondeu. Marcelo contou que seu projeto é tentar a reeleição à presidência da Ales no ano que vem e, em 2026, disputar uma vaga à Câmara Federal.
Além de Davi Diniz, o deputado Dary Pagung (PSB), líder do governo na Assembleia, é um dos nomes cotados para a vaga de conselheiro. Dary é um dos entusiastas do movimento “A vaga é da Ales” e defende que o ocupante da cadeira deixada por Sérgio Borges seja um deputado.
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