Em seu primeiro discurso após deixar o presídio militar na semana passada, o deputado Capitão Assumção (PL) evitou polemizar e agradeceu aos deputados, um a um, pelo apoio, em forma de voto, que suspendeu os efeitos da prisão preventiva decretada pelo STF.
Assumção foi preso no último dia 28, por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes, e ficou uma semana detido no presídio militar do QCG da PM. O motivo alegado seria o descumprimento das medidas cautelares determinadas pelo STF.
Na última quarta-feira (06), a Assembleia colocou a decisão do ministro em votação, de acordo com o que ditam a Constituição Federal e a Estadual. Por 24 votos a favor e 4 contrários, a prisão foi revogada e comunicada ao STF, que determinou a soltura de Assumção no dia seguinte (07).
“Pra mim, essa é a sessão mais importante da minha vida”, disse Assumção, que subiu à tribuna na tarde desta segunda-feira (11), durante a sessão da Ales, para um discurso de agradecimento.
Ele citou nominalmente cada um dos 24 deputados, que votaram a seu favor, e que eles entraram para a história. Ele também rasgou elogios ao presidente da Ales, Marcelo Santos (Podemos), que comprou a briga de Assumção desde que ele foi preso, colocando a Procuradoria-Geral da Casa debruçada sobre o caso.
“Nós temos aqui um grande líder”, disse Assumção sobre Marcelo, chamando-o também de “patrimônio do Brasil”. Também disse que a Ales serviu de exemplo para outras assembleias e para o Congresso Nacional.
Assumção falou também que, graças a Marcelo Santos, conseguiu assistir a sessão que votou a revogação de sua prisão, sem dar detalhes. Segundo o advogado Fernando Dilen, que faz a defesa de Assumção, no presídio militar é possível que os custodiados tenham acesso à TV. A sessão do Legislativo é transmitida ao vivo pela TV Ales, canal da TV aberta.
O deputado, dessa vez, não fez ataques ao STF, nem fez referência crítica nenhuma à sua prisão. Fez um discurso comedido e foi aplaudido e cumprimentado pelos pares.
Logo em seguida, foi a vez do presidente Marcelo Santos (Podemos) discursar, dizendo que era um momento de emoção receber de volta o colega na sessão e também um momento de responsabilidade, pela postura do plenário diante da situação.
O presidente disse também que foi cobrado para ter “cuidado” sobre a decisão que tomaria, mas que a Ales apenas cumpriu os textos constitucionais, respeitando a independência e a harmonia entre os Poderes. Ele não revelou quem o teria cobrado.
Depois, muitos parlamentares se revezaram em discursos de apoio a Assumção.
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