Bruno Lamas desiste de candidatura e PSB fecha com o PDT na Serra

Bruno Lamas é secretário de Ciência e Tecnologia / crédito: Ascom / Secti

O secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Bruno Lamas (PSB), desistiu de lançar pré-candidatura a prefeito da Serra. O PSB fechou aliança com o PDT e vai apoiar a pré-candidatura de Weverson Meireles (PDT) a prefeito do município.

O comunicado da desistência do secretário foi feito na última quarta-feira (03), durante reunião do partido na Serra que, inclusive, contou com a presença de Weverson. O presidente estadual do PSB, Alberto Gavini, confirmou à coluna que, na Serra, o PSB fechou com o PDT.

Embora Gavini já tivesse dito à coluna De Olho no Poder que o PSB não teria candidatura própria na Serra, Bruno Lamas tentava meios de viabilizar o nome para a disputa.

Questionado pela coluna sobre o motivo da desistência, ele disse que agora vai se dedicar ao trabalho que tem feito na secretaria estadual e aos estudos. “De 2000 para cá eu participei de nove eleições. Vivo um momento muito especial na secretaria e também iniciei mestrado em Sociologia Política. Também tem a questão familiar”, avaliou Bruno.

Weverson esteve presente no encontro do PSB da Serra

Ao contrário de Gavini, Bruno disse, porém, que o debate na Serra continua e que há filiados com interesse em disputar a Prefeitura. Também disse que hoje está marcada uma reunião entre Weverson e o PSB da Serra.

Bruno foi candidato a prefeito em 2020, porém, terminou a campanha com desempenho abaixo do esperado: em quinto lugar, com 5,13% dos votos. Em 2022, Bruno ficou como suplente na eleição para deputado estadual e foi nomeado no 1º escalão do governo do Estado.

Com a eleição de Sergio Vidigal (PDT), o PSB passou a fazer parte da base aliada do prefeito e renovou a aliança mesmo após Vidigal anunciar que não irá concorrer à reeleição neste ano – por estar enfrentando problemas de saúde na família – e indicar Weverson como seu sucessor.

Respinga em Majeski?

A aliança do PSB com o PDT na Serra pode refletir em outros pontos. Isso porque as construções e composições de alianças feitas pelos partidos não leva só em conta um município.

Os dirigentes partidários fazem um cálculo de perde-ganha e a reflexão é mais ou menos assim: se o partido X retira sua candidatura própria em determinado município para apoiar o candidato do partido Y, espera-se que esse partido (o Y) apoie a candidatura própria do partido X em outra localidade. É a tal da geopolítica – muito famosa, mas pouco compreendida por boa parte dos eleitores.

Não se trata de um cálculo exato, mas é muito comum os partidos promoverem essa dobradinha para aumentar a chance de sucesso nas urnas.

Pois bem.

O PSB não terá candidatura própria na Serra. Em vez disso irá apoiar o candidato do PDT. Em Vitória, o PSB terá candidato próprio – o deputado estadual Tyago Hoffmann – e as questões que se levantam são: o PSB vai cobrar a fatura do apoio na Serra negociando o apoio em Vitória? Como o PDT vai retribuir esse apoio, retirando a candidatura própria em Vitória?

Júnior Abreu, Casagrande e Majeski em encontro no Palácio Anchieta

Na Capital, o partido garantiu legenda ao ex-deputado Sergio Majeski, que é pré-candidato à Prefeitura de Vitória. Inclusive nessa semana, temendo levar uma rasteira, Majeski pediu uma audiência com o governador e foi sondar no Palácio Anchieta se sua pré-candidatura corria risco.

Ouviu que precisava dialogar com outros candidatos do mesmo campo ideológico, que já tem Tyago, o deputado Fabrício Gandini (PSD) e o ex-prefeito Luiz Paulo (PSDB) na disputa – com a possibilidade de entrada de mais nomes.

Os três já têm dialogado no sentido de formarem um bloco e, lá na frente, estarem unidos em torno de uma única candidatura do grupo – ainda sem definição de qual seria.

Majeski, porém, não cogita retirar seu nome da disputa. Weverson também, antes de ser lançado pré-candidato e quando presidia o PDT, garantiu que o ex-deputado teria espaço. A conferir.

 

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