Representantes do PSD, PSB, União Brasil e da federação PSDB/Cidadania de Vitória se reúnem na tarde desta terça-feira (21) para dar o pontapé inicial da definição de um nome do grupo para concorrer à Prefeitura da Capital.
Os partidos, que formam uma frente ampla representando o centro ideológico, têm o compromisso de estarem juntos na eleição e apoiarem um único nome como candidato do grupo.
O grupo já teve quatro pré-candidatos: o deputado Mazinho dos Anjos (PSDB), o ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), os deputados Tyago Hoffmann (PSB) e Fabrício Gandini (PSD). Porém, Mazinho não levou a pré-candidatura adiante e Tyago retirou seu nome da disputa. A saída de Tyago acirrou a briga interna pela vaga de representante do grupo.
Nos bastidores, Luiz Paulo é o favorito. Ele saiu com um pezinho na frente, já que desde o ano passado tem se articulado como pré-candidato: rodado a cidade, feito reuniões com lideranças e assumido compromissos no partido. Em conversas anteriores com a coluna, o presidente estadual do União Brasil, Felipe Rigoni, já tinha declarado apoio ao ex-prefeito e Tyago é cotado para ser coordenador da campanha do tucano.
Já Gandini, fez um movimento lá atrás, trocando o Cidadania pelo PSD para ser candidato a prefeito de Vitória, mas depois mergulhou. Só após o recuo de Tyago é que Gandini começou a se apresentar mais para o jogo. Da semana passada pra cá, conversou com marqueteiro e participou de reuniões sobre o cenário político na Capital. Na semana passada também, o presidente do PSD-ES, Renzo Vasconcelos, confirmou a pré-candidatura do deputado.
A reunião de amanhã será, segundo Gandini, para estabelecer critérios para a escolha do nome que representará o grupo. A previsão é que antes das convenções, o martelo seja batido.
“Nós vamos continuar o processo de discussão. Temos um fato novo que foi a retirada do Tyago, é um momento importante para discutir no grupo como vai afunilar esse processo de escolha do candidato. Então, a gente deve discutir e definir alguns critérios para que a gente chegue lá na frente e tome essa decisão e mantenha o grupo junto”, disse Gandini.
O deputado também vai levar, para a reunião, a proposta de convidar a vice-prefeita de Vitória Capitã Estéfane (Podemos) e o ex-deputado Sergio Majeski (PDT) para também participarem da frente. Os dois são pré-candidatos à Prefeitura da Capital.
Se for feito o convite e os dois aceitarem, corre-se o risco do jogo embolar ainda mais. Porque embora o grupo tenha definido que apenas um nome sairá de lá candidato, ninguém, a essa altura do campeonato, quer abrir mão para apoiar o colega.
Gandini mesmo enfatizou que está vivo no jogo e que irá buscar o apoio do governador Renato Casagrande (PSB) para sua pré-candidatura, já que agora o PSB não tem mais candidato próprio.
“Meu nome está colocado. A gente preza para que esse grupo fique unido porque isso dá viabilidade eleitoral. E é fundamental (ter o apoio do governador). Na eleição anterior teve a candidatura do partido do governador (PSB), que enfraqueceu esse movimento de grupo. E a gente quer muito que neste movimento tenha um bloco maior e mais consistente para fazer o enfrentamento”, afirmou Gandini.
“Vamos ver quem será candidato”
Na entrevista que deu à coluna De Olho no Poder no dia em que Tyago retirou sua pré-candidatura – último dia 8 –, o governador foi questionado sobre quem apoiaria na disputa em Vitória. Ele já tinha dito que ficaria neutro nos embates envolvendo aliados, mas agora colocou uma ressalva:
“Não sei, vamos ver quem será candidato. Temos aliados aqui em Vitória. Eu sou o governador, o Tyago cumprirá um papel para mim, que é o papel partidário. Até porque se tiver dois nomes aliados eu vou ter que ter compromisso com os dois, mas a tarefa de (definir) para onde o partido irá é do Tyago e do partido”, disse Casagrande, na ocasião.
Foi o governador quem pediu para Tyago retirar a pré-candidatura e representar o Palácio Anchieta nas eleições municipais, nos palanques dos aliados.
Em pesquisa da Futura Inteligência em parceria com a Rede Vitória, divulgada no último dia 9, Tyago apareceu, no cenário espontâneo, com 0,2% das intenções de voto para prefeito. Já no cenário estimulado, pontuou 0,6%.
Tyago negou que pesquisas eleitorais tenham influenciado em sua decisão de retirar a pré-candidatura.
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