O deputado estadual Tyago Hoffmann (PSB), lançado pelo partido para ser pré-candidato a prefeito de Vitória, desistiu de concorrer. “Estou desistindo da minha candidatura e não tem volta”, disse o deputado à coluna De Olho no Poder na noite desta quarta-feira (08).
Ele acatou um pedido feito pelo próprio governador Renato Casagrande (PSB), na tarde de hoje, que pediu para que ele desistisse da candidatura e representasse o governador e o partido nos municípios durante a campanha eleitoral. Segundo Casagrande, ele não poderá acompanhar todas as candidaturas de aliados.
“Fiz uma reflexão e uma conversa com Tyago Hoffmann e pedi para ele cumprir uma tarefa pra mim e também para o partido, o PSB. Estarei presente em poucos municípios na eleição, Ricardo Ferraço estará em alguns, mas também não poderá estar em todos. Então, eu pedi para o Tyago levar a mensagem do governador, onde eu não puder ir, levar a mensagem de sintonia. E pedi para ele não ser candidato a prefeito de Vitória”, disse Casagrande à coluna De Olho no Poder.
Segundo o governador, Tyago aceitou a tarefa. “Conversamos bastante e ele acatou. Ele já estava cumprindo essa tarefa dupla, de pré-candidato e rodar o Estado, e compreendeu a importância do movimento estadual. Ele vai cumprir essa tarefa estadual e a partir deste momento não será mais pré-candidato a prefeito”, disse Casagrande.
Tyago confirmou: “Eu aceitei o pedido do governador de ser o representante dele, pessoal dele no Estado. Recebo com muita honra esse convite do governador e vou cumprir à risca a tarefa que ele está me delegando. Onde o governador me pedir para estar, eu estarei. O governador não pode se expor, ele precisa se preservar, mas eu posso cumprir essa missão partidária”, explicou o deputado.
Ele disse não ter ficado frustrado com o recuo em sua pré-candidatura e que já estava preparado. “Eu sempre estive preparado para ser e para não ser candidato. Sou um soldado do partido, nós dialogamos e estou confortável com a decisão”.
Questionado se o resultado de eventuais pesquisas eleitorais influenciaram na decisão, Tyago negou. “Temos algumas pesquisas, mas não levei em conta, sempre tive clareza de que era um candidato ainda desconhecido. Isso não pesou, de forma alguma. A decisão foi pensando no projeto”.
E agora?
Vitória era o único município da Grande Vitória onde o PSB tinha candidatura própria a prefeito. Questionado se o partido do governador não perderia peso saindo do jogo eleitoral, Tyago negou.
“O projeto que o governador lidera não é de um único partido. Ele lidera um bloco de partidos, é uma composição pluripartidária e esse projeto tem candidaturas por todo o Estado, com representantes nos 78 municípios. Em muitos lugares nós vamos retribuir o apoio que o governador recebeu em 2022, apoiando candidaturas de partidos aliados”, explicou Tyago.
Em Vitória, Tyago disse que o PSB vai apoiar uma candidatura do bloco de centro em que ele faz parte e que agora conta com as pré-candidaturas de Luiz Paulo (PSDB) e Fabrício Gandini (PSD).
“Me foi delegada a condução das tratativas eleitorais em Vitória, sempre em consonância com os presidentes do PSB municipal e estadual. Sempre falei que estava em um bloco e que se eu não fosse candidato, apoiaria alguma candidatura do bloco, porque do bloco vai sair uma candidatura. Se for para o segundo turno, também terá nosso apoio. Se não for, depois nós vamos escolher”, disse Tyago, afirmando ainda que o bloco está aberto para receber outros nomes, como do ex-deputado Sergio Majeski, pré-candidato a prefeito de Vitória pelo PDT.
Tyago disse que sua decisão não tem volta: “É uma decisão amadurecida e é minha. O governador fez o pedido, mas deixou claro que respeitaria minha decisão. Estou desistindo da minha pré-candidatura e não tem volta”.