Numa carta endereçada aos eleitores de Vitória, o ex-deputado Sergio Majeski (PDT) anunciou que está desistindo de sua pré-candidatura a prefeito da Capital. Entre outras coisas, ele alegou que não recebeu garantias para montar uma estrutura básica para concorrer.
“Não é possível sustentar uma pré-candidatura de uma cidade como Vitória, sem uma garantia de estrutura básica a ser disponibilizada (na pré-campanha e na campanha propriamente dita). E não tive essa garantia, aliás, encontrei dificuldades até de conversar com quem poderia garantir isso. Diante desta situação, estou declinando da pré-candidatura a prefeito do município de Vitória, pois não posso dar continuidade a um projeto sério e sólido apenas por minha conta e risco”, disse Majeski, num trecho da carta.
Majeski migrou para o PDT para ser candidato a prefeito, após não encontrar espaço no PSDB para a disputa. O ninho tucano, ainda que informalmente, já tinha se decidido pela pré-candidatura do ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), o que foi confirmado ontem (04), durante reunião do G-6 – grupo composto por seis partidos do centro ideológico.
Durante a reunião, o deputado Fabrício Gandini (PSD) – que também tinha trocado de partido para concorrer – apresentou uma carta também declinando da disputa.
Leia a carta de Majeski na íntegra:
Aos eleitores, amigos e apoiadores de Vitória,
“Não existe possibilidade de se pensar na resolução dos problemas que atingem a nossa sociedade sem priorizarmos a política e a educação, uma vez que ambas estão intimamente relacionadas. Por acreditar desde sempre nisso, dediquei e dedico grande parte da minha vida as duas. A minha trajetória (trinta e um anos dedicados à Educação e oito anos exercendo mandatos como deputado estadual) demonstra a coerência entre aquilo que verbalizo, as minhas ações e a firmeza em perseguir o que acredito, sempre norteado pelo republicanismo, pela probidade e pelos anseios da sociedade. Tenho uma biografia irretocável, que é o meu maior patrimônio, reconhecida até por aqueles que me têm como desafeto.
No mundo dos políticos tradicionais às vezes sou visto como em ser estranho em função da minha coerência e transparência e pelo fato de acreditar que as negociações inerentes à política precisam, obrigatoriamente, ter como objetivo o que for melhor para a sociedade, e não o que atende aos interesses de algumas pessoas, grupos ou partidos, e, principalmente, que a política não pode ser reduzida a uma eterna luta pelo poder, afinal, a política não é um jogo para alguém se dar bem, a política deve ser o mecanismo pelo qual tudo possa ficar bem para todos.
Em função do exposto até aqui, quando ingressei no PDT, depois de várias conversas, não foi para uma aventura amadora e tão pouco para “me colocar no jogo” (jargão comum no meio político). Acredito na política, no diálogo e em num projeto administrativo para a nossa querida capital, norteado pelos anseios de seus cidadãos.
Mas não é possível sustentar uma pré-candidatura de uma cidade como Vitória, sem uma garantia de estrutura básica a ser disponibilizada (na pré-campanha e na campanha propriamente dita). E não tive essa garantia, aliás, encontrei dificuldades até de conversar com quem poderia garantir isso.
Diante desta situação, estou declinando da pré-candidatura a prefeito do município de Vitória, pois não posso dar continuidade a um projeto sério e sólido apenas por minha conta e risco.
Quero agradecer imensamente o apoio que recebi de uma grande quantidade de pessoas que acreditaram em nosso projeto e que se dispuseram a nos apoiar. Registro aqui todo o meu carinho e respeito pelo povo de Vitória e afirmo que estou declinando de uma pré-candidatura a prefeito, mas não da política, e reafirmo que podem contar comigo sempre e que juntos construiremos novos projetos para Vitória e para o Espírito Santo.
Termino pedindo a todos que tenham muita seriedade, consciência e equilíbrio para fazer as melhores escolhas possíveis, tanto para o executivo quanto para o legislativo.”
Abraço fraterno a todos.
Att.
Sergio Majeski
Mais informações em instantes.
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