Tyago Hoffmann: “Estou à disposição para voltar a ser secretário”

Tyago Hoffmann / Crédito: Governo do ES

O deputado estadual Tyago Hoffmann (PSB), que está em seu primeiro mandato na Assembleia, colocou o nome à disposição do governador Renato Casagrande (PSB) para voltar a ser secretário. Atualmente, Tyago preside a Comissão de Finanças, é relator do Orçamento do Estado para o ano que vem e é vice-líder do governo na Ales.

“Estou à disposição para voltar a ser secretário. Se o governador disser que precisa de mim e se a pasta tiver estrutura, tenho disponibilidade”, disse Tyago ao ser questionado pela coluna De Olho no Poder se teria interesse em voltar para o governo.

O questionamento surgiu porque, nos bastidores, Casagrande estaria para fazer, já no início do ano que vem, uma reforma no secretariado – como já fez outras vezes em mandatos anteriores como governador.

Tyago, então, vem tendo o nome cotado para voltar ao Palácio Anchieta. Antes de disputar a eleição de 2022 e ser eleito deputado estadual com 32.123 votos, Tyago foi secretário estadual de Inovação e Desenvolvimento (Sectides), deixando a pasta apenas para disputar a eleição.

Tyago sempre foi da cozinha do Palácio Anchieta, do núcleo duro que cerca o governador e que costuma ser consultado por ele nas decisões a serem tomadas na gestão.

Aliado de primeira hora, Tyago chegou a retirar a candidatura a prefeito de Vitória neste ano após um pedido de Casagrande, que tinha outra missão para ele: representar o governo e o próprio governador durante a campanha eleitoral pelo Estado afora.

Em governos anteriores do socialista, Tyago também esteve presente, como secretário da Casa Civil (2013-2014) e secretário de Governo (2012-2013). Porém, se voltar a despachar do Palácio Anchieta, Tyago não quer ir para uma “secretaria meio”, que atue para dentro do governo. Ele quer estar à frente de uma pasta que lhe dê visibilidade para 2026.

Disputa a federal

Tyago não irá disputar a reeleição para a Assembleia daqui a dois anos. Ele é pré-candidato a deputado federal pelo PSB que, como todos os demais partidos, precisa montar uma chapa forte numa eleição que promete ser difícil para todos os dirigentes partidários.

Para Tyago ter chance de ser eleito, ele avalia que precisa estar à frente de uma “pasta fim”, que faça entregas e que lhe aponte os holofotes. “Se o governador fizer uma reforma no secretariado, o que é normal no segundo biênio da gestão, e se tiver alguma secretaria que contemple a minha ideia de ser deputado federal, com estrutura, eu estou à disposição”, disse Tyago.

O deputado não revelou qual secretaria teria interesse de atuar e nem quando poderia ocorrer essa migração – nos bastidores, uma eventual reforma no secretariado deverá ocorrer após a eleição da Mesa Diretora da Assembleia.

Mas, se a pasta oferecida a Tyago não tiver “corpo” para projetá-lo à disputa por uma cadeira na Câmara Federal é bem provável que o deputado continue na Ales, até porque como parlamentar e aliado do governo, ele conta com as emendas e também atua com um “intermediário” entre prefeitos e outras lideranças municipais junto ao governo do Estado. Esses ativos costumam render votos na eleição.

E Bruno Lamas?

Bruno Lamas é secretário de Ciência e Tecnologia / crédito: Ascom / Secti

Na eleição de 2022, o ex-deputado Bruno Lamas (PSB) não conseguiu se reeleger e ficou como suplente de Tyago Hoffmann. Ele, então, foi convidado pelo governador para assumir a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), que surgiu do desmembramento da Sectides – a Secretaria de Inovação e Desenvolvimento que Tyago esteve à frente.

Embora sejam do partido do governador, é improvável que os dois fiquem, ao mesmo tempo, no secretariado. Além de não ter espaço, geraria ciúmes em outras siglas que fazem parte da base aliada e contam com apenas um nome no primeiro escalão.

Questionado se teria interesse em assumir a cadeira na Ales caso Tyago volte para o governo, Bruno não se mostrou muito empolgado. “Minha prioridade é seguir o trabalho na Secti”, disse o secretário afirmando que, até o momento, não houve nenhuma tratativa sobre o assunto. “Só me posiciono quando eu ouvir algo do governador”.

 

LEIA TAMBÉM:

Emendas parlamentares: valor mantido e prazo estendido