O vereador e policial militar Chico Siqueira (PHS) afirma que foi proibido pelo Coronel Ilton Borges, Subcomandante Geral da Polícia Militar no Espírito Santo, de usar farda nas sessões da Câmara Municipal de Vila Velha. Siqueira foi eleito em 17º lugar com 1.585 votos.
Segundo o militar, por enquanto nenhuma determinação oficial foi emitida e a proibição teria se dado via ligação telefônica. “A conversa dele, da qual não concordo, é que durante as sessões posso me exaltar e estar fardado seria uma forma de opressão. A pessoa com a qual eu esteja debatendo pode se sentir constrangida ou com medo”, relata o vereador.
Ele discorda da medida alegando que ama a farda e que, por meio do seu uso, defende a segurança pública. “Usei a farda por 30 anos. Na minha ficha não tem agressão nem nada e nunca fiz mal a ninguém. Não venho de farda para a Câmara. Ela fica guardada e aqui eu coloco”, diz.
O vereador Cabo Porto (PSB), eleito na Serra com 3.080 votos, é outro que não concorda com a proibição. Contudo, o cabo afirma que não recebeu nenhum tipo de ordem do comando da PM.
“Eu já protocolei documento ao Comando Geral informando a solicitação do fardamento e com muito orgulho quero representar a nossa corporação. São 20 anos de carreira”, declara o cabo.
Entretanto, segundo ele, não é do seu costume usar farda nas sessões. Em conversa com o Folha Vitória, o vereador disse que usou a roupa oficial apenas na diplomação e na posse, realizada no último dia 1º de janeiro.
Procurada, a Polícia Militar se manifestou por meio de nota. “A Polícia Militar informa que o regimento interno da Corporação não permite o uso de fardas militares sem a autorização do comando geral”, diz o texto.