Política

Comentarista de política avalia o debate com os candidatos à Prefeitura de Vitória

Para Gabriela Cuzzuol, uma parte do debate foi voltada para a exposição de propostas e a outra, para ataques de ambas as partes

Foto: TV Vitória

O terceiro e último debate promovido pela TV Vitória/Record TV e pelo Jornal Online Folha Vitória colocou frente a frente os candidatos à Prefeitura de Vitória, Delegado Pazolini (Republicanos) e João Coser (PT). Eles responderam a perguntas sorteadas pela mediadora, a apresentadora Andressa Missio, e ainda tiveram a oportunidade de fazer perguntas diretamente um para o outro.

Para a comentarista de política, Gabriela Cuzzuol, a primeira metade do debate foi marcada pela exposição das ideias e do plano de governo de cada candidato. No entanto, a partir de determinado momento, na avaliação da comentarista, ambos os candidatos começaram a partir para a troca de acusações e ao embate direto.

“Penso que, no início o protagonismo foi das proposições. O debate estava informativo, com um certo nível de detalhamento em relação às agendas propostas pelos candidatos, que também buscaram destacar seu próprio histórico dentro do serviço público. Mas, na segunda metade, o debate começou a ficar mais incisivo, com ataques das duas partes. O ápice desse tom negativo, na minha avaliação, foi quando um candidato citou o nome da mãe de outro”, ressaltou.

“Na minha avaliação, o tempo deveria ser investido em um detalhamento maior dos planos de governo. Quando o eleitor opta por um candidato, ele está escolhendo um plano de gestão. Está escolhendo um candidato que vai levar à prefeitura uma determinada visão de gestão, com toda uma equipe por trás. Quando o debate descamba para o ataque, o confronto, o desmerecimento e as ofensas pessoas, ele perde o sentido”, acrescentou.

Gabriela Cuzzuol também avaliou a forma como cada candidato destacou sua atuação na vida pública. “Penso que o candidato do Republicanos poderia ter sido mais detalhado em suas entregas, em seu trabalho como deputado estadual. Nesse sentido, o candidato do PT foi mais veemente, ao mencionar sua atuação como prefeito. Se o debate tivesse sido mantido como na primeira metade, seria mais útil ao eleitor, no sentido de que sua escolha seria mais municiada de informações”, frisou.

A comentarista disse ainda que acreditava que a campanha dos dois candidatos, no segundo turno, seria com menos ataques, uma vez que o eleitorado de cada um é bem definido. Entretanto, ela vê com naturalidade o embate, uma vez que a diferença de ambos nas pesquisas é pequena.

“Em minha análise, é normal que candidatos que estão com uma diferença pequena nas intenções de voto partam para um tom mais combativo, na tentativa de conquistar o eleitorado dos outros candidatos e dos que ainda estão indecisos. Acreditava que a disputa em Vitória não descambaria para esse lado, já que os eleitores, tanto do PT quanto do Republicanos, são bem definidos. As distinções entre os dois candidatos são bastante profundas e claras”.