A Comissão de Acessibilidade e Mobilidade Urbana da Câmara de Cachoeiro, presidida pelo vereador Delandi Macedo (PSC), tendo como suplente a vereadora Renata Fiório (PSD), se reuniu na última sexta-feira (1), com os fretistas que fazem ponto na avenida Beira Rio.
Participou da reunião, o secretário de Desenvolvimento Urbano (Semdurb), Jonei Santos Petri, que prestou esclarecimentos sobre a necessidade de retirada dos caminhoneiros do espaço em função do reordenamento a partir da implantação do estacionamento rotativo. Participou também o técnico da Semdurb Kleber Paiva.
Os fretistas, que já tinham usado a tribuna da Câmara na sessão da última terça-feira (29), afirmaram estar dispostos a pagar pela utilização do espaço, mas foram informados que isso não seria mais possível a partir da efetivação do rotativo, que já está funcionando em caráter experimental.
“Trabalhamos pela legalidade. O estacionamento rotativo vai garantir que o espaço público seja usado de forma democrática. Ele não pode ser privatizado e um setor não pode ser priorizado em detrimento do outro. É exatamente isso que o rotativo vai disciplinar, já que vai determinar um tempo máximo de permanência. Não há como relativizar”, esclarece Jonei Petri.
Discussão
O vereador Delandi Macedo frisou que a construção de uma alternativa que contemple os interesses e necessidades dos frentistas, que são chefes de família, mas dentro da legalidade, é importante neste momento.
“Nosso trabalho sempre será no sentido de priorizar os trabalhadores, mas sem prejudicar o ordenamento do espaço urbano. Saímos daqui hoje com o compromisso de acompanhá-los para ver outros locais que eles entendam como viáveis. Tanto a Câmara como a Prefeitura querem o melhor para todos”, disse.
A vereadora Renata Fiório, ressaltou a importância da discussão, ratificando que o espaço público realmente não pode ser usado de forma privada, mas que uma solução precisa ser encontrada, para que chefes de família não sejam prejudicados. “Essa Comissão acompanhará de perto esses trabalhadores e juntos encontraremos a melhor solução”, continua.
Romildo Batista de Oliveira, que falou em nome dos motoristas de frete, disse que os fretistas já pensam num local alternativo, próximo à rua 13 de Maio, na Linha Vermelha, nas imediações de onde seria implantado o restaurante popular. “Vamos ver se é possível. Precisamos trabalhar e ali é próximo ao centro”, completa.