Política

Condenação era esperada e PT deve tentar adiar decisão com meios legais, diz consultor político

"Acredito que a estratégia do partido agora vai ser buscar, dentro dos meios legais, formas de empurrar a decisão o máximo possível para próximo a eleição", diz Darlan Campos

Condenação era esperada e PT deve tentar adiar decisão com meios legais, diz consultor político

Os três desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) mantiveram nesta quarta-feira (24) a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por corrupção e lavagem de dinheiro e ainda aumentaram a pena de prisão para 12 anos e 1 mês de prisão.

No entanto, a decisão, que ainda cabe recurso e não impede o petista de se candidatar a presidência, por enquanto; já era esperada por membros capixabas do próprio partido e por pessoas do meio, como o consultor em marketing político, Darlan Campos.

“O PT já sabia que seria uma batalha difícil, já vislumbrava dificuldade de reverter a pena. O que o julgamento deu ao partido nesse período foi a possibilidade do discurso, sem entrar no mérito se esse é um discurso certo ou errado”, explicou.

Apesar da decisão ter sido ruim para Lula e para o partido, Campos acredita que o PT já tenha uma estratégia traçada para as próximas fases dessa disputa.

“Acredito que a estratégia do partido agora vai ser buscar, dentro dos meios legais, formas de empurrar a decisão o máximo possível para próximo a eleição. Quanto mais tempo de mídia Lula e o PT tiverem, mais tempo ele vai ter para divulgar seu discurso. É uma forma de politizar o debate político”, garantiu.

Eleição

Com a manutenção da condenação do ex-presidente, a possibilidade da eleição de outubro não contar com o ex-presidente aumenta. E, segundo o consultor em marketing político, os resultados do PT na eleição dependerão bastante da presença do Lula na corrida eleitoral.

“Posso afirmar que a eleição com o Lula vai ser uma e sem o Lula vai ser outra. O resultado eleitoral do PT dentro das eleições também vai depender da participação ou não do ex-presidente. No entanto, o PT historicamente sempre teve potencial para colocar um candidato no segundo turno, resta saber apenas se vai conseguir”.