Política

Confira as frases mais marcantes dos candidatos ao Governo do ES durante debate da Rede Vitória

Trocas de acusações e citações de músicas foram usadas pelos candidatos em frases marcantes durante o debate promovido pela Rede Vitória na noite desta sexta-feira.

O debate promovido pela Rede Vitória foi marcado pela troca de acusações entre os candidatos ao Governo do Estado. Renato Casagrande (PSB) e Paulo Hartung (PMDB) protagonizaram os embates mais acalorados, mas Roberto Carlos (PT) e Camila Valadão (PSOL) também não perderam a oportunidade de deixar suas considerações marcantes no encontro. Confira abaixo as principais frases dos adversários durante o confronto.

Camila Valadão

“Transparência não deve ser entendida apenas como recurso tecnológico. Transparência pressupõe participação popular. Transparência é um princípio político. Mais do que sugerir, o povo precisa acompanhar o que vem sendo executado. Para nós, governar, não é gerir a partir de gabinetes. Transparência é um mecanismo para evitar misturar o público com o privado”.

“Não queremos um governo no Espírito Santo que atua como Robin Hood às avessas, que tira dos pobres para dar aos ricos. Quando estivermos no governo vamos utilizar recursos próprios para acabar com as diferenças regionais. O governador ou governadora não pode beneficiar apenas os prefeitos aliados ou que estão em seu palanque”. 

“O seu partido ainda está na administração do PSB. Ou será que Assistência Social e Direitos Humanos não são relevantes?”. Camila questiona o candidato Roberto Carlos após ele afirmar que o PT não ocupa atualmente as secretarias estratégicas do governo Casagrande.

“No debate com a sociedade, o candidato (Paulo Hartung) não vai e depois diz que quer abraçar o povo. Então, para dialogar com o povo não tem agenda, mas para dialogar com o empresariado capixaba o candidato tem”, Camila sobre ausência de Hartung em debate com entidades e estudantes.

“Para quem anda de jatinho ou helicóptero, dizer que o transporte público é bom, é muito ruim. São 25 anos de concessão, onde essas empresas (de transporte público) lucram com o nosso direito”. 

“Dizer isso na véspera da eleição? Porque não apresentou os dados antes da campanha? Desconfie, eleitor”. Camila Valadão sobre troca de acusações entre Casagrande e Hartung.

“Ninguém precisa votar no sujo ou no mal lavado. Há opção no PSOL.”

Paulo Hartung 

“E aí o candidato que lá atrás foi para o jornal fazer minha defesa, agora diz que mudou de ideia. Isso é o avesso, do avesso, do avesso”. Paulo Hartung sobre o rompimento da aliança com Casagrande.

“O candidato (Renato Casagrande) está virando especialista em manipulação da pior qualidade. É mais uma acusação descabida e leviana que mostra o desespero e desequilíbrio”. Paulo Hartung sobre acusações feitas pelo oponente Renato Casagrande.

“Temos uma visão republicana. O governo não pertence aos governantes. Pertence ao cidadão. Tudo que estiver funcionando, nós vamos aprimorar”. Hartung ao ser questionado se acabaria com o atual modelo de gestão na área de segurança pública do Estado.

“Eu vou aos números, eles falam mais altos do que as leviandades. Tivemos uma queda na renda familiar de 5,2% no Espírito Santo e 100 mil capixabas voltaram para a linha da pobreza. A crise é capixaba, candidato (Renato Casagrande). 

“Não é ética a postura do candidato. Em quê o senhor se baseia para fazer essas acusações? De onde o candidato tira que eu trabalharei para essa ou aquela empresa? Eu saí do governo e fui trabalhar. Pior se eu saísse do governo e não fosse trabalhar. Trabalhei, mas trabalhei com dignidade e ética. Fazendo o que sei fazer, que são análises econômicas. Acusar sem provas é o fim da picada”, Hartung em resposta ao questionamento de Casagrande sobre sociedade em empresa de consultoria com o então secretário da Fazenda. 

“Quando cheguei ao Governo, o Espírito Santo era ponta de linha, com um sistema elétrico inseguro. Reconheço que com Dilma negociamos e tiramos o Estado dessa posição e o colocamos no anel elétrico do país, dando estabilidade ao setor”.

“O Estado vive uma paradeira. É só andar no Espírito Santo e ver que a economia parou. Políticas equivocadas foram praticadas nesses últimos anos. Precisamos sacudir o Estado e fazer o estado crescer, gerar recursos para aplicar nas políticas públicas”. 

Renato Casagrande

“Na verdade, o que mudou e mudou mesmo é que depois dessa defesa que eu fiz a empresa que fez essa obra inacabada passou a fazer pagamentos mensais à empresa de consultoria do candidato”. Renato Casagrande sobre suposta fraude em posto fiscal de Mimoso do Sul.

“É importante que a campanha tenha além do debate de propostas, mas também de perfis. É inconcebível misturar interesse privado, particular, com interesse público”.

“Pela primeira vez fizemos uma licitação no sistema de transporte público metropolitano. O que nós tínhamos era um contrato precário. Fizemos uma licitação dentro de um processo de transparência. Isso vai facilitar a cobrança de melhorias na qualidade do transporte”. 

“Em quatro anos de governo, quitamos todos os precatórios. É o primeiro estado do Brasil a fazer isso. Já fizemos um termo de acordo com o TCES e TJES para fazer um recálculo dos precatórios da trimestralidade. Se o Supremo tomar a decisão de que o Estado precisa pagar esses precatórios, começaremos a pagar com os 2% da receita líquida destinada para isso”.

“A crise não é capixaba. É mundial. Quando a economia mundial vai mal, o Espírito Santo também vai mal. Mesmo que tenhamos tido um crescimento no desemprego, ele é menor no meu governo do que no período que ele (Paulo Hartung) governou.

“A prova é pública e está publicada em jornais do Estado. Um verdadeiro mensalão capixaba publicado na imprensa local”. Renato Casagrande ainda sobre denúncias de irregularidades em posto fiscal.  

“Vocês puderam ver que nós temos propostas, realizações e compromisso com o dinheiro público. Governamos em uma hora difícil de governar, mas fizemos mais que os governos passados”. 

Roberto Carlos

“Não vou desmanchar o que já está montado. Mas penso que o BRT não é um bom modal para passar pela cidade de Vitória. Por isso, a defesa do VLT. Ele é viável, podendo fazer a ligação com o BRT, mas passando por fora da capital capixaba”, Roberto Carlos em defesa de modal VLT para a mobilidade urbana do Espírito Santo.

“Vamos usar a cultura para combater a violência e a criminalidade. Nós vamos tentar, em parceria com as prefeituras, levar cinema, teatro e orquestra para as regiões pobres. Vou citar um músico: a gente quer mais do que comida, queremos cultura e arte”.

“Estou sentido e magoado com essa pergunta, candidata Camila. Ora, temos diferença sim. Não tivemos os cargos estratégicos do governo nesses últimos anos. Não pilotamos as secretarias de agricultura, educação…”. Roberto Carlos ao ser questionado sobre a diferença do seu plano de governo com a dos atuais candidatos do PMDB e PSB, antigos aliados do PT no ES. 

“Vitória passou no teste das chuvas em 2013. Sobretudo devido às intervenções feitas nos últimos 8 anos de governo do prefeito de João Coser”.

“Tenho responsabilidade sobre esse atual governo, porque não sou político de apresentar o que é bom e esconder o que é ruim”. 

“As eleições não estão definidas. O que temos são pesquisas eleitorais e a maior resultado sai no dia 5 de outubro das urnas eletrônicas”.

“O nosso comprometimento é dar continuidade aos projetos que já estão sendo tocados, pois isso é um compromisso de Estado e não de governo”.