No primeiro domingo de julho (04), dia em que é comemorado a Independência dos Estados Unidos, Jason Miller, o antigo porta-voz de Donald Trump, lançou a plataforma GETTR.
O aplicativo se descreve com o objetivo de “rejeitar a cultura de cancelamento” e ser um espaço para “compartilhar liberdade e democracia no mundo todo”. E de acordo com Miller, já é um sucesso logo em seus primeiros dias.
“Essa é a razão pela qual fundamos a GETTR e exatamente porque vimos um crescimento surpreendente – mais de 1 milhão de usuários registrados – apenas 3 dias após o lançamento oficial. Existe a necessidade por uma plataforma de rede social ‘sem cancelamento’, não apenas nos Estados Unidos, mas em nações do mundo todo” declarou o CEO ao site Newsweek.
De acordo com a mídia norte-americana, o ex-presidente Trump, buscava novas formas de se conectar com sua base após ter sido permanentemente banido das grandes plataformas, como o Facebook, Twitter e Youtube.
A decisão foi tomada depois que seus apoiadores invadiram o Capitólio, em Washington DC, prédio que serve como centro legislativo no país. O confronto teria sido estimulado pelo ex-presidente em suas redes.
Ainda não há um perfil oficial de Trump na plataforma da GETTR, mas não há dúvidas de que o novo espaço é exatamente o que ele precisa para se reconectar com seus seguidores.
Apesar da semelhança visual com o Twitter, a plataforma destaca-se com:
– Possibilidade de criação de posts com até 777 caracteres
– Uploads de vídeos de até 3 minutos
– Transmissões ao vivo
O presidente Bolsonaro (sem partido), seus filhos e apoiadores mais ferrenhos dentro do congresso nacional, como a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), já possuem perfis na rede e compartilharam com seus seguidores o registro.
“Estamos no GETTR, a rede social do TRUMP que promete liberdade! Assim, podemos estar em contato direto com internautas transmitindo aquilo que pensamos de verdade” declarou a deputada em seu Facebook.
Na primeira semana de funcionamento, a plataforma foi hackeada duas vezes. Supostamente, no segundo ataque, os dados de quase 90 mil usuários registrados foram coletados, incluindo nomes, e-mails e datas de nascimento. A informação não foi confirmada pelo CEO da GETTR.
“Você sabe que está causando algo quando eles vêm atrás de você. O problema foi detectado e resolvido em questão de segundos e tudo que o intruso conseguiu foi mudar alguns nomes de usuários” afirmou Miller.