A convite do governador Paulo Hartung, o ex-diretor do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Fabiano Contarato, é o novo corregedor-geral do Estado. A nomeação aconteceu na manhã desta quarta-feira (20), no Palácio Anchieta, em Vitória.
Contente pelo convite, Contarato afirma que vai ter uma postura rígida e eficiente para reforçar a fiscalização e combater os desvios de condutas dos servidores públicos.
“As pessoas me parabenizavam ‘nossa, você faz um bom trabalho’, mas eu ficava constrangido porque estava cumprindo com a minha obrigação. Para mim, não tem que elogiar, pois a função do servidor é servir, atuar e cumprir os princípios. Agora, é uma oportunidade de fiscalizar isso porque a sociedade realmente precisa desse tipo de tratamento. Infelizmente, muitos servidores ficam acobertados pelo manto da impunidade e estabilidade. Mas ele precisa saber que se não cumprir com os princípios e tiver condutas ruins, vai responder a um processo administrativo e pode até ser exonerado. O que falta é isso, dar essa marca à Corregedoria. Valorizar o servidor que cumpre com os princípios e fiscalizar aqueles que não tem aptidão para cumprir”, esclarece.
De licença médica por conta da osteonecrose, doença que atinge os ossos, Contarato vai assumir oficialmente a Corregedoria Geral do Estado no dia 19 de maio.
“Ainda não me recuperei, pois minha doença não tem cura. Estou de licença, mas vou voltar. Não consigo ficar parado. Amo ser servidor público e a vida é muito curta para você ficar parado. Eu quero servir, servir à sociedade nessa função nobre. Volto com uma vontade imensa de trabalhar e de passar essa mensagem para a sociedade”.
Contarato ainda faz um apelo à população para denunciar os casos de má conduta dos servidores públicos. Para ele, a sociedade vai ser uma grande aliada no combate à impunidade.
“Quem vai me ajudar nesse papel será a sociedade, denunciando na ouvidoria e Corregedoria. Nós vamos apurar a partir disso. O principal papel do servidor público é exercer sua função pública, obedecendo a legalidade, impessoalidade e moralidade. Quem tiver desvio de conduta vai responder processo administrativo. Dependendo do desvio, a pessoa pode responder criminal e civilmente”, alerta.