O senador capixaba Fabiano Contarato (Rede) solicitou ao Supremo Tribunal a apreensão do passaporte do ministro demissionário da Educação, Abraham Weintraub, no âmbito do inquérito que investiga fake news. O senador pede que seja proibida a saída do ministro do País porque ele é investigado nesse inquérito.
Depois de pedir demissão e avisar que deve deixar a pasta em agosto, Weintraub foi nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro a um cargo de direção no Banco Mundial. Logo depois da nomeação, o ministro publicou no Twitter que queria ser “deixado em paz” e que sairia do Brasil.
“Aviso à tigrada e aos gatos angorás (gov bem docinho). Estou saindo do Brasil o mais rápido possível (poucos dias). NÃO QUERO BRIGAR! Quero ficar quieto, me deixem em paz, porém, não me provoquem!”, tuitou Weintraub nesta sexta (19).
O pedido de Contarato é que “o investigado seja proibido de sair do País” porque é investigado por ter suposto envolvimento na divulgação de notícias fraudulentas (fake news), falsas comunicações de crimes, denunciações caluniosas, ameaças e demais infrações que atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal, de seus membros; bem como de seus familiares.
O senador também cita no pedido que o ministro “ao comemorar a iminente mudança ao exterior”, “aparentemente se esqueceu de mencionar que ostenta a condição de investigado perante o Supremo Tribunal Federal, por potencial cometimento do crime de lesar ou expor a perigo de lesão a independência do Poder Judiciário e ao Estado de Direito”.
E o pedido ainda cita a capacidade de Weintraub de mobilizar a militância. “Além disso, o investigado possui notável papel de liderança na incitação de grupos de ódio, basta lembrar que foi carregado por apoiadores ao prestar depoimento exatamente sobre os fatos objeto do presente inquérito”.