Desrespeitando as orientações de médicos e do Ministério da Saúde sobre o insolamento social, por conta da pandemia do Novo Coronavírus, o presidente da República, Jair Bolsonaro, aproveitou o feriado desta sexta-feira (10) para passear por Brasília.
Primeiro ele foi ao Hospital das Forças Armadas (HFA), depois foi até uma farmácia e, por fim, visitou o filho na região do bairro Sudoeste.
Bolsonaro cumprimentou e tirou fotos com apoiadores que se aglomeraram por onde o presidente passou com sua comitiva de seguranças.
Questionado por jornalistas, ele não quis dizer o que foi fazer no hospital e, nas redes sociais, culpou a imprensa por fazer aglomeração na porta da farmácia onde esteve, segundo a publicação, para “comprar medicamento”.
Segundo o Portal UOL, durante o passeio, o presidente apertou a mão de uma mulher idosa poucos instantes após ter esfregado o próprio nariz com o dorso da mão que usou para fazer os cumprimentos. A cena foi flagrada pela TV Globo.
Outros passeios
Na quinta-feira, Bolsonaro saiu do Palácio do Planalto e foi a uma padaria da Asa Norte de Brasília, onde comeu um pão doce e bebeu refrigerante.
Segundo decreto do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), o comércio pode vender alimentos, mas não é permitido comer no local. Nas imagens, é possível ver que o presidente da República abraçou funcionários do local, cumprimentou pessoas com abraços e apertos de mão, além de posar para fotos. Também há sons de vaias e de algumas panelas em vídeos registrados.
No dia 29 de março, Bolsonaro já havia quebrado o isolamento ao percorrer comércios em Taguatinga e Ceilândia, regiões administrativas do Distrito Federal. O passeio havia ocorrido um dia após o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reforçar o pedido para que as pessoas mantenham o distanciamento social.
Bolsonaro tem reiterado seu posicionamento contrário ao isolamento social como método para conter a epidemia de coronavírus. Ele considera que esse método prejudica a economia, responsabiliza os governadores que determinaram o fechamento de lojas e defende a reabertura do comércio.
* Com informações do Estadão Conteúdo