Política

Para petistas, reunião de Lula com Lira foi 'abertura de diálogo'

Deputados do PT participaram do primeiro encontro entre Lula e Lira, após as eleições.

Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação/VEJA

A nota publicada anteriormente continha um erro de grafia no título. Segue versão corrigida.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se na manhã desta quarta-feira (9), com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

O petista passou menos de duas horas na residência oficial de Lira numa conversa que foi classificada como “abertura de diálogo” com o presidente da Câmara que pretende manter-se no cargo e controla a pauta de votações na Casa.

> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas pelo WhatsApp? Clique aqui e participe do nosso grupo de notícias! 

O deputado federal José Guimarães (PT-CE) afirmou que o encontro teve um tom “muito bom, amistoso”. Deputados do PT participaram do primeiro encontro entre Lula e Lira, após as eleições. 

“Ótima reunião. Foi uma reunião protocolar”, disse Guimarães na saída do encontro. “Abertura de diálogo na busca de entendimento com o País e votação das matérias.”

Segundo Guimarães, haverá uma reunião nesta quinta-feira (10), com outros parlamentares. “Acho que a coisa está andando bem.”

LEIA TAMBÉM: MPES denuncia boicote a empresários que não aderiram a atos antidemocráticos

Além de Lula, reuniram-se com Lira, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o coordenador técnico da equipe de transição e ex-ministro Aloizio Mercadante, e os deputados Odair Cunha e Reginaldo Lopes, ambos do PT em Minas.

Lula chegou à residência oficial de Lira por volta das 10h15. Ficou no local durante 1h40. De lá, foi até a casa do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Durante a tarde, o presidente eleito tem encontros agendados com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.

LEIA TAMBÉM: TCES pede rejeição da prestação de contas da Prefeitura de Anchieta

Lula e o PT têm discutido meios de bancar o Auxílio Brasil – que voltará a ser chamado de Bolsa Família – de R$ 600 a partir de janeiro e outras despesas de interesse do novo governo. 

A PEC incorporaria o chamado “waiver” (licença para gastar), que tem batido nos R$ 160 bilhões, podendo chegar a R$ 200 bilhões, como defendem alguns integrantes da cúpula petista.

Na semana passada, o Centrão havia sinalizado que apoia a medida, mas exigirá condições como a manutenção do orçamento secreto e o apoio ao projeto de reeleição de Lira no comando da Câmara. Lira e Pacheco querem se reeleger para o comando das Casas Legislativas no ano que vem.