O governador da Bahia, Rui Costa (PT), favorito para assumir a Casa Civil no governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), destacou ser preciso “recolocar” as Forças Armadas “em seu papel constitucional”.
Em sua avaliação, por muitas vezes a “democracia foi ameaçada” mais por uma incitação do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), do que das Forças Armadas.
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“Neste período recente, as demonstrações de interferências muitas vezes participaram mais do próprio presidente, incitando e convidando as Forças Armadas a interferir, do que as próprias instituições”, analisou Costa, em evento promovido pelo Valor Econômico e O Globo na manhã desta terça-feira (6).
Em sua visão, contudo, o “constrangimento social e força da democracia no Brasil” se mostraram mais fortes para frear a interferência militar.
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O governador reconheceu o “papel extraordinário” que as Forças Armadas ocupam no Brasil, mas afirmou que é preciso realocá-las “em seu papel constitucional”.
Costa sugere alinhar o desenvolvimento tecnológico à área militar, assim como feito em alguns países. “Chamar as Forças Armadas à modernidade”, pontua.
Diante do debate, o senador eleito e ex-governador do Piauí Wellington Dias (PT) destacou a importância do diálogo entre as instituições e a democracia como questão inegociável. Segundo ele, “cada um no seu quadrado será para valer”.