Política

CPI da Covid ouve nesta quarta diretor da Prevent Senior sobre pressão por tratamento precoce

Senadores apuram ainda denúncias de pacientes da Prevent Senior, que teriam sido assediados para aceitar o tratamento precoce

Foto: Divugação

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid ouve nesta quarta-feira, 22, o diretor-executivo da operadora de saúde Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, para prestar esclarecimentos sobre possível pressão para que médicos conveniados prescrevessem medicamentos do chamado tratamento precoce para a covid-19, que inclui substâncias sem eficácia comprovada ou contra-indicadas para combater a doença, como a hidroxicloroquina.

Os senadores apuram ainda denúncias de pacientes da Prevent Senior, que teriam sido assediados para aceitar o tratamento precoce, e a realização de um suposto estudo sobre o uso combinado da hidroxicloroquina e azitromicina que teria ocultado a morte de pacientes da operadora. 

Os dados foram divulgados até pelo presidente Jair Bolsonaro, defensor do tratamento precoce. Bolsonaro reiterou o apoio a tais medidas de combate a pandemia inclusive durante sua participação na ONU, nesta terça.

A recomendação por parte do presidente da República pela adoção do tratamento precoce é um dos argumentos citados pelo grupo de juristas que apontou na semana passada à CPI os crimes que Bolsonaro teria cometido no enfrentamento à pandemia.

Originalmente, o depoimento de Batista estava marcado para o último dia 16, mas foi adiado após o diretor alegar falta de “tempo hábil” para comparecer.

Os senadores consideraram a ausência do depoente como uma “ação protelatória e de má-fé”. A Prevent Senior afirma que vai provar à CPI da Covid que os médicos por trás das denúncias que apontam ocultação de mortes em estudo e a utilização do remédio sem anuência de pacientes mentiram.