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Vai ser preciso a desistência de algum membro da Comissão de Proteção ao Meio Ambiente da Assembleia Legislativa para dar oportunidade a alguém de fora que queira participar da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará a emissão de pó preto na atmosfera da Grande Vitória por empresas poluidoras.
Durante a sessão de segunda-feira deverá ser lido o requerimento de instalação da CPI do Pó Preto. E depois do encerramento da sessão ordinária na Casa, os membros da comissão parlamentar deverão se reunir extraordinariamente para dar início aos trabalhos.
Segundo o presidente da Comissão de Meio Ambiente, Rafael Favatto (PEN), todas as vagas da CPI do Pó Preto foram pleiteadas pelos membros da comissão temática. Quando indagado sobre a possível participação do deputado Gilsinho Lopes (PR) na comissão, ele explicou que dependeria da desistência de alguém.
“Como foi uma prerrogativa da Comissão de Meio Ambiente, é esperado que todos queiram participar. O deputado Gilsinho conversou conosco sobre sua expectativa em participar, mas foi dito a ele sobre a determinação que todos estão de trabalhar, discutir e dar uma resposta à sociedade sobre o problema que atinge a Grande Vitória”, explicou o deputado Rafael Favatto.
Assinaturas
O deputado Rafael Favatto explicou como conseguiu as assinaturas para a instalação da CPI do Pó Preto. “Conseguimos logo de início a assinatura dos 10 membros da Comissão de Meio Ambiente – cinco membros efetivos e cinco suplentes – e depois conseguimos as assinaturas dos presidentes das comissões temáticas para instalar a CPI”, explicou Favatto.
Ao comentar as críticas que os membros têm recebido, Favatto usou um trocadilho. “Esta não será uma CPI chapa branca, e sim, será uma CPI com carta branca para atuar e investigar tudo que se refere a emissão de pó preto”, esclareceu o parlamentar.
Os membros da Comissão de Proteção ao Meio Ambiente são Rafael Favatto (PEN), Erick Musso (PP), Bruno Lamas (PSB), Dary Pagung (PRP) e Gildevan Fernandes (PV). E os suplentes são: Raquel Lessa (SDD), Almir Vieira (PRP), Euclério Sampaio (PDT), Edson Magalhães (DEM) e Marcelo Santos (PMDB).
A eleição para presidente e relator da CPI do Pó Preto deverá acontecer na segunda-feira. Depois de instalada, a CPI terá 90 dias para investigar, convocar a sociedade civil, convidar setores tecnológicos de universidades para que participem. Caso não se conclua, o tempo para investigação da CPI poderá ser prorrogado em até 90 dias.
O deputado Gilsinho Lopes foi procurado pela reportagem para falar sobre o assunto, mas não atendeu às ligações.