Ainda não foi feito o pedido formal de prisão do ex-diretor do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) Carlos Augusto Lopes, que esteve à frente do órgão entre março de 2013 e dezembro de 2014.
Embora a Procuradoria da Assembleia Legislativa tenha apresentado parecer conclusivo de que há base jurídica para que seja apresentado o pedido de prisão do ex-diretor pela Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a chamada Máfia dos Guinchos, os procuradores Eduardo Rocha Lemos e Vinícius Oliveira Gomes Lima, que assessoram a Comissão, informaram que não consta o pedido na ata da última reunião, realizada na última segunda-feira (21).
O pedido de prisão de Carlos Lopes foi deliberado por todos os membros da CPI dos Guinchos.
Mas a explicação dos procuradores Eduardo e Vinícius é que não houve pedido de prisão, e sim, a solicitação de estudo da possibilidade de pedido à Justiça. Deve ser pedido específico.
Na próxima reunião, marcada para segunda-feira (28), o presidente da CPI, deputado Enivaldo dos Anjos (PSD), vai ler o parecer dado pela Procuradoria da Casa de Leis e pedir formalmente a prisão de Lopes.
Depois da reunião da segunda-feira, os membros da CPI afirmaram que o pedido de prisão se justifica porque Carlos Lopes teria mentido em seu depoimento à CPI. No dia 14 deste mês ele não teria dito que o processo de locação de um pátio de estacionamento de veículos pelo Detran no município de Serra teria iniciado durante sua gestão à frente do Detran.
Na última segunda-feira, o ex-diretor do órgão conversou com a reportagem do jornal online Folha Vitória e disse que estaria perplexo com o pedido feito pela CPI. Ele disse ainda que o processo de contratação do pátio seguiu o trâmite legal onde oito empresas teriam apresentado interesse de prestar o serviço, mas o pátio vencedor foi aquele que apresentou o menor preço. Lopes disse também que a acusação faz parte do “jogo sujo” da política.
Já nesta terça-feira (22), o ex-diretor foi procurado novamente para falar sobre o assunto e sobre o parecer da Procuradoria da Ales, mas o seu celular encontrava-se desligado.