O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), confirmou que irá participar, nesta quinta-feira (30), da 34ª Sommerfest, em Domingos Martins. A confirmação foi publicada em seu perfil do Instagram. Em uma semana, é a segunda investida de Pazolini ao interior do Estado, numa caminhada que tem como ponto final o Palácio Anchieta, no ano que vem.
A Sommerfest celebra a cultura alemã em Domingos Martins e é um dos principais eventos do município. Costuma atrair, além de muitos turistas, lideranças políticas de todo o Estado. A festa vai até domingo (02).
No sábado passado, Pazolini participou da Festa do Tomate, em Venda Nova do Imigrante, ao lado do deputado federal Evair de Melo (PP) e do secretário de Governo de Vitória, Erick Musso (Republicanos) que, aliás, é quem tem montado a agenda de incursão pelo interior.
Erick preside, no Estado, o Republicanos, e o partido já aposta todas as suas fichas no nome do prefeito para a disputa pelo governo do Estado no ano que vem.
Aliás, uma das principais missões de Erick daqui pra frente será essa: viabilizar o nome de Pazolini para a disputa, fazendo contato e abrindo o caminho com prefeitos, lideranças regionais e partidárias. Erick também tenta viabilizar o próprio nome, já que é pré-candidato a uma vaga de deputado federal no ano que vem.
Num comunicado enviado à imprensa no último sábado, o Republicanos diz, sem nenhum rodeio, que Pazolini começou a andar pelos municípios “visando as eleições de 2026”. E que ele é um dos “principais nomes na disputa ao governo”.
“Com foco em ampliar seu capital político e dialogar com diferentes setores da sociedade, o prefeito busca estreitar laços com lideranças locais, produtores rurais, empresários e moradores. Um dos objetivos é construir uma base sólida de apoio que fortaleça sua trajetória rumo ao governo do Estado”, diz parte da nota do Republicanos.
Os dois principais grupos
Pazolini é hoje um dos principais nomes de oposição ao governo de Renato Casagrande (PSB) – que também já deu o pontapé inicial rumo às eleições de 2026. Casagrande tem hoje como “plano A” eleger o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB) ao comando do Palácio Anchieta.
Ricardo deixou a Secretaria de Desenvolvimento para ficar “livre” para rodar o Estado e tem participado, ativamente, de eventos oficiais ao lado do governador. A ideia é dar mais visibilidade política ao vice.
Mas, se a estratégia prioritária do governo não der certo, ele tem outros cinco nomes à disposição: o ex-prefeito da Serra Sergio Vidigal (PDT); os prefeitos de Vila Velha e Cariacica, Arnaldinho Borgo (Podemos) e Euclério Sampaio (MDB, indo para o União), respectivamente, e os deputados federais Josias da Vitória (PP) e Gilson Daniel (Podemos).
Embora candidatos de outros grupos possam participar das eleições, a aposta do mercado político é que o comando do Palácio Anchieta seja disputado pelos dois: de um lado, o escolhido por Casagrande e, de outro, Pazolini.
Não à toa que, mal começou o segundo mandato de prefeito, e aliados de Pazolini já traçaram a estratégia de marcarem território pelo Estado afora.
Pazolini foi reeleito em 1º turno, com bons índices de aprovação, mas se não tiver uma boa entrada no interior, dificilmente conseguirá apresentar uma candidatura competitiva.
Embora a maior parte da população capixaba esteja na Grande Vitória (quase 60%), dificilmente um candidato consegue se eleger governador sem conquistar o voto do interior do Estado.
E as incursões pelo interior começarem justamente pela região serrana, não é à toa. Foi nessa região que Casagrande teve menos votos ao disputar a reeleição em 2022. No segundo turno, Venda Nova e Domingos Martins deram vitória a Carlos Manato (PL), em detrimento do governador, que foi reeleito.
Para quem tinha dúvidas, a eleição de 2026 já começou!
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