Em reunião do Diretório Nacional realizada nesta terça-feira (17), o Partidos dos Trabalhadores (PT) decidiu que não apoiará, nas eleições municipais deste ano, candidatos que tenham votado a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
“O PT não apoiará candidatos que votaram pelo impeachment ou que apoiaram publicamente o impeachment”, disse o presidente nacional da sigla, Rui Falcão, que ainda anunciou um encontro extraordinário, em novembro, para discutir o pós-eleições, futuras ações e projetos estratégicos do PT.
Genivaldo Lievori, presidente do PT do Espírito Santo, contou ao Folha Vitória o teor das discussões. Na primeira parte da reunião foi analisada a conjuntura do que chamou de ‘golpe parlamentar e empresarial’. “Vamos continuar denunciando o ‘golpe’ e trabalhando para que haja espaços para reverter o impeachment não só na luta institucional no Senado, mas ganhar a sociedade. Mostrar que esse ‘golpe’ não respeitou a democracia e a Constituição”, completou Genivaldo.
O presidente do PT do Espírito Santo ainda comentou sobre a resolução que dispõe sobre a política de alianças. Segundo ele, está clara a determinação para que não haja alianças com candidatos que apoiaram o impeachment ou partidos cujas lideranças votaram a favor do afastamento de Dilma Rousseff ou fizeram manifestações públicas de apoio ao ato.
Questionado sobre a aliança do PT com o governo do Espírito Santo, favorável ao impeachment, Genivaldo afirmou que isso caberá ao diretório estadual discutir. “No Estado tem a mesma dinâmica [dos municípios]. Vamos, à luz da decisão nacional, discutir a política de alianças”, afirmou.
Inicialmente, o PT do Espírito Santo decidiria sair da base aliada de Paulo Hartung (PMDB) no último dia 26 de abril. Entretanto, após reuniões da Executiva e do Diretório estadual, ficou decidido que a decisão final seria tomada após o encontro do Diretório Nacional. Sobre a situação, Genivaldo Lievori afirmou que ainda não há encontro marcado para discutir a situação.