Com a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB) à vaga de presidente da Câmara dos Deputados, anunciada na quinta-feira (7) em coletiva de imprensa realizada no início da tarde, o deputado federal capixaba Carlos Mannato (SD) entrou na disputa para presidir a Casa.
Em intensa campanha há pelo menos um mês, Mannato diz que foi estimulado pelos próprios deputados e que possui o perfil de agregar. “Tenho 14 anos de mandato e há 11 anos não tenho nenhuma falta”.
Primeiramente, o deputado colocou seu nome à disposição do partido. Depois, procurou o líder do governo na Câmara, André Moura (PSC), para analisar a candidatura.
Moura teria dito que o governo só irá intervir se houver disputa entre a base governista e a oposição. “Vão ter muitos candidatos com interesse de se promover, já que vão disputar prefeituras, ou ir atrás de 5 minutos de fama. Isso prejudica as articulações”, comentou.
Manatto afirma ter procurado apoio da bancada capixaba e adianta que todo o fim de semana será de campanha, com muitas ligações para pedir voto, já que a eleição deve ocorrer na semana que vem.
“Conversei com todos da bancada capixaba, pedi voto, pedi apoio, porque a bancada tem que estar unidade. O Espírito Santo é maior que os partidos”, disse Mannato, que entregou nesta sexta-feira (8) ao presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP), o requerimento de registro de candidatura ao cargo .
A eleição será secreta e ocorrerá por meio do sistema eletrônico. Para que haja quórum para o pleito, a maioria dos deputados deve estar presente à sessão (257 dos 513 parlamentares). O novo presidente será eleito em primeiro turno caso obtenha a maioria absoluta dos votos. Ou seja, se estiverem presentes 257 deputados, são necessários os votos de pelo menos 129 parlamentares.
Se nenhum candidato alcançar esse número, haverá um segundo turno entre os dois mais votados. Neste caso, bastará maioria simples dos votos para eleger o novo presidente da Câmara.
Além de Mannato, devem concorrer à vaga Antônio Imbassahy (PSDB-BA), Beto Mansur (PRB-P), Cristiane Brasil (PTb-RJ), Esperidião Amin (PP), Fernando Giacobo (PR-PR), Heráclitos Fortes (PSB-PI), Hugo Leal (PSB-RJ), José Carlos Aleluia (DEM-BA), Júlio Delgado (PSB-MG), Marcelo Castro (PMDB-PI), Osmar Serraglio (PMDB-PR), Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Rogério Rosso (PSD-DF).
