Política

Deputado cobra resposta sobre desapropriações da Leste-Oeste

“Não houve a desapropriação de área pantanosa, de propriedade da Cesan e da Prefeitura de Cariacica. Estado desapropria as áreas necessárias para implantação de projetos", diz nota da Setop

Deputado questiona desapropriações realizadas na Leste-Oeste Foto: Divulgação/Assembleia

O deputado estadual Sandro Locutor (PPS) cobrou da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa o pedido de informações à Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) sobre as desapropriações realizadas na rodovia Leste-Oeste.

Segundo o parlamentar, várias desapropriações já foram providenciadas para a obra da rodovia Leste-Oeste.

“Pedi informações à Secretaria de Transportes e Obras Públicas para saber das alterações no projeto original. No trecho de Cariacica, tinha áreas pantanosas, então foram realizadas novas desapropriações. Quero saber o que o Estado fará com as sobras de terrenos. Isto porque algumas invasões acontecem nessas áreas. Algumas pessoas realmente precisam de terra. Mas também outras pessoas entram nessa de invadir para depois comercializar essas áreas. Então, nós devemos ficar atentos”, explicou o deputado estadual.

Em nota, a Setop informou que o projeto original da Rodoria Leste-Oeste foi alterado por questões ambientais.

“Não houve a desapropriação da área pantanosa citada, que é de propriedade da Cesan e da Prefeitura Municipal de Cariacica. O Estado só desapropria as áreas necessárias para a implantação de projetos. A área remanescente continua sendo de propriedade do desapropriado. Quando o remanescente está abaixo do parcelamento mínimo do solo, o Estado realiza a desapropriação total, utilizando a área para complementação do projeto, como calçada, paisagismo, etc.”, justificou a Setop.

Quórum

Ainda durante a sessão desta terça-feira, o deputado Enivaldo dos Anjos (PSD) questionou a postura de deputados que sempre aprovam projetos de interesse do governo do Estado. A polêmica foi gerada enquanto o deputado Cacau Lorenzoni (PP) fazia a recomposição do quórum da Casa.

“É nítida a subserviência desta Casa ao governo do Estado. Imagine que o presidente neste momento, o deputado Cacau Lorenzoni, concedeu cinco minutos para que o líder do governo pudesse chamar deputados que não se encontram no plenário”, cutucou Enivaldo.

Enivaldo disparou sua metralhadora na direção do líder do governo, deputado Gildevan Fernandes (PV). Segundo ele, por conta da atuação do líder, nenhum deputado consegue emplacar sequer uma emenda em projetos de autoria do governo do Estado.

E finalizou as críticas dizendo que não precisa de qualquer cargo na Casa Legislativa.

“Não preciso de cargos. Eu revolvo minha vida no microfone. Eu e Majeski (Sérgio – PSDB) somos vistos como demônios da Assembleia”, encerrou Enivaldo.

Ele pediu que o então presidente, Cacau Lorenzoni, concedesse cinco minutos a ele. Mas o parlamentar concedeu três minutos, o que provocou mais uma enxurrada de críticas.

O deputado Gildevan Fernandes esclareceu seu posicionamento em relação às críticas recebidas.

“Quando ele (Enivaldo) se refere desta forma aos deputados, ele os desrespeita. Já falei isso para ele. Trata-se de um inconformismo com a vontade democrática. É a maioria que decide. O contrário seria tirania. A proposta dele de incluir um membro do Legislativo no Conselho Gestor, no meu entendimento, é inconstitucional. O Conselho Gestor irá deliberar sobre despesas do Executivo, seria uma ingerência. Além disso, tiraria uma vaga da sociedade civil. A lei diz que 1/4 tem que ter membros da sociedade civil. Não poderíamos incluir mais um do poder público. Ter só dois da sociedade civil seria uma distorção”, defendeu o deputado Gildevan Fernandes.