Política

Deputado quer formar grupo de novas lideranças no Estado

Felipe Rigoni aguarda decisão da Justiça para deixar atual partido e disse que pretende reunir nova geração para manter Estado nos trilhos

Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Formar novas lideranças para manter o Espírito Santo em crescimento e cada vez mais destacado no cenário nacional. Essa é a ideia do deputado federal Felipe Rigoni (PSB). De saída do partido, depois de conflitos de pensamento, o parlamentar capixaba ainda não definiu para qual legenda vai, mas está certo do que quer: construir novas lideranças políticas no Estado.

“A minha ideia é conseguir entrar num partido e fazer a casa das novas lideranças capixabas. Tivemos um período de 20 anos com bons líderes. Com Paulo Hartung (ex-governador), depois Casagrande. Mas, depois deles, tem um vácuo. Quero formar um grupo e fazer um projeto de lideranças. O meu novo partido vai ser o que permitir isso. Já conversei com o DEM, falo com o PSDB, com Podemos, com um monte de gente. Quero construir o partido do zero”, disse Rigoni.

Ainda sobre a trajetória do Estado, o deputado exalta o equilíbrio e o acerto nas políticas públicas. “Tanto o Casagrande quanto o Paulo têm muito mérito por tirarem o Estado das mãos do crime organizado, prezaram pelo equilíbrio fiscal. Devemos muito aos dois. A gestão atual está bem melhor do que a anterior do Casagrande. Está conseguindo fazer as coisas direito. Tive uma discordância em relação à postura de reabrir as escolas só agora. Para mim, nunca deveria ter fechado. Mas, ele faz um bom governo. Acho que ele precisa  falar mais com a população e criar sua própria marca”, opinou.

“Eu acho que o grande erro dessa geração do Paulo, do Renato e outros foi não ter formado sucessores. Ninguém. Acho que nosso desafio é criar um grupo que forme sucessores”, complementou. 

O deputado de Linhares espera estar livre do atual partido ainda no primeiro semestre. Depois do desentendimento com a cúpula da sigla, ele entrou na Justiça para sair e espera a decisão. Rigoni pensou que teria autonomia em votações na Câmara, mas acabou se envolvendo em embates por votar contra orientações do partido. O PSB fechou questão para votar contra a reforma da Previdência, em 2019, e Rigoni votou a favor. Resultado: um ano de suspensão de atividades partidárias. “Acho que fiz uma escolha errada ao entrar nesse partido. Estava deslocado dentro do PSB porque penso de forma diferente”. 

Sobre a construção de um grupo político, o deputado também citou o destaque que o Republicanos, partido do presidente da Assembleia, Erick Musso, e do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, tem ganhado no Estado. “Acho que o Republicanos pode fazer parte desse grupo de novas lideranças, pela trajetória do Erick, que está à frente de um grupo montado. Vai ser importante para o futuro. Tenho que sentar com os meninos e acho que será em breve”.