Política

Deputado vai pedir à iniciativa privada para bancar a instalação de barreira na Terceira Ponte

Instalação de barreira de proteção, para evitar o alto índice de suicídios no local, tem custo estimado em R$ 13 milhões

Deputado vai pedir à iniciativa privada para bancar a instalação de barreira na Terceira Ponte
Assembleia Legislativa, Governo do Estado e Rodosol discutem solução para barreira de proteção na Terceira Ponte | Foto: Bruno Fritz

Em visita técnica realizada nesta segunda (09) à Terceira Ponte, o presidente da Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (MDB), disse que irá solicitar oficialmente à ONG ES em Ação, entidade civil do setor empresarial, que empresas privadas possam bancar os custos para instalação de uma barreira de proteção na ponte. Ele disse que vai oficiar a ONG, e também a Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo (ARSP) na próxima terça (10). 

Também participaram da visita técnica o diretor da ARSP, Antônio Júlio Castiglioni Neto, o diretor-presidente da Rodosol, Geraldo Caetano Dadalto, além de representantes do Conselho Regional de Engenharia (Crea-ES). “Por mais que grandes empresas tenham investimento elevado no Espírito Santo, gerando renda e empregos, elas possuem um passivo ambiental e a contrapartida é importante, ainda que seja apenas com a matéria-prima, que elas mesmas produzem, por serem mineradoras”, justificou o deputado.

Sobre o equipamento

A barreira de proteção tem custo estimado em R$ 13 milhões, e é considerada fundamental para reduzir o índice de suicídios e tentativas praticados no local, que se transformou em um “hot spot”, denominação dada a um local público e acessível com registro de frequentes ocorrências. 

Os estudos iniciais feitos sobre a instalação de uma barreira foram de um equipamento em vidro, mas a ideia foi descartada por causa das dificuldades de manutenção e do desconforto climático. A solução considerada mais viável é a instalação de uma proteção com cabos de aço sustentados por hastes verticais inclinadas. “Agora nós estamos estudando e fazendo a pesquisa de mercado para as hastes metálicas. Estamos aguardando a manifestação do Ministério Público Estadual e tentando equalizar o custo da obra”, informou o diretor da ARSP, Júlio Castiglioni.

O diretor da Arsp reforçou ainda que a intenção não é repassar o custo para quem utiliza a via e paga pedágio. Inclusive, de acordo com o contrato de concessão, o valor pago pelos usuários da ponte é exclusivo para manutenção da via, não podendo ser usado para investimento.

Alex Pandini
Jornalista com mais de 3 décadas de experiência profissional, é repórter e apresentador da TV Vitória e assina o conteúdo do Constrói ES.